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Conjunto de ações leva esperança em comunidade de São Gonçalo

Dez heroínas levam alento para famílias em situação de vulnerabilidade

Por Jorge Chaves em 27/05/2020 às 16:42:35

Fotos: Divulgação

Um grupo de mulheres da comunidade Parada São Jorge, localizada no bairro Sacramento, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, se reuniu para fazer o bem e juntas formaram o movimento Mulheres da Parada. Do grupo participam Letícia da Hora, Luana Minalba, Rosane, Maria Adriana, Thaís Fabrino, Tatiane Silva, Geisa Natane, Lucimar Cardoso, Heloisa de Oliveira e Suelen Afonso.


O coletivo possui mercado solidário de alimentos, faz rifa e distribui cestas básicas, kits de higiene e água sanitária, além de imprimir atividades escolares para crianças sem acesso à internet. As mulheres, heroínas em tempos difíceis de pandemia, levam alento para a comunidade da Parada São Jorge, comumente esquecida pelo poder público.

As Mulheres da Parada apoiam famílias afetadas pela crise econômica causada pelo novo coronavírus. Na comunidade, há muitos casos de mães solteiras, pessoas que ficaram desempregadas, autônomas e diaristas impossibilitadas de trabalhar devido às medidas de isolamento social. Todas estão com dificuldades para colocar um prato de comida na mesa. Com as ações do movimento, mais de 240 pessoas da comunidade já foram beneficiadas. Os recursos são provenientes das campanhas realizadas via internet e das doações.


A publicitária Letícia da Hora, 32 anos, é uma das fundadoras do projeto. Ela é casada com o ator Leandro Firmino, intérprete do famoso personagem Zé Pequeno, do filme Cidade de Deus (2002). O ator, de 41 anos, integrou o elenco da novela global "Órfãos da terra". Letícia conta do surgimento da ideia. "Devido ao isolamento social, muitas pessoas estavam sem emprego e sem renda. Tive vontade de ajudar. Me inscrevi no projeto de distribuição de kits de limpeza e impressão de exercícios escolares para crianças do Fundo Baobá e o projeto foi aprovado. Daí comecei a pedir doações de alimentos para familiares e amigos a fim de distribuir as cestas", conta. Segundo Letícia, as vizinhas começaram a se cotizar e a também arrecadar alimentos. "Com isso, criamos esse coletivo, o Mulheres da Parada. No momento somos dez participantes", afirma.


O movimento cresceu e o mercado solidário foi inaugurado ontem (26) atendendo a 49 famílias. Ao invés de entregar cestas básicas fechadas, a pessoa tem a possibilidade de escolher os produtos que precisa e pode aumentar ou diminuir a quantidade de alguns itens, de acordo com a necessidade e o tamanho da família. Além de itens da cesta básica, nas prateleiras do mercadinho solidário há alimentos não perecíveis que muitas vezes não contemplam uma cesta básica, como canjica, pipoca, tapioca, ervilha em grão, feijão mulatinho, aveia e outros. Para ter direito, a "cliente" precisa ser cadastrada, sendo agendado o dia e o horário para pegar os produtos com objetivo de evitar aglomeração. No local é proibido entrar sem máscara e, na entrada, é oferecido álcool em gel.

Para ajudar: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/fundo-emergencial-mulheres-da-parada

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