Professores decidem neste sábado (1 de agosto), se aceitam o retorno às aulas das escolas particulares na segunda-feira (03). Em entrevista ao Bom Dia, Rio, da TV Globo, o diretor do Sindicato dos Professores da rede privada, Afonso Celso, negou que tenha havido acordo para a retomada das aulas presenciais.
Os representantes da categoria, na reunião com a Prefeitura, afirmam terem sido convocados para um encontro com a Vigilância Sanitária sobre as regras de ouro para a progressiva normalização das atividades. No encontro, o presidente e o vice teriam manifestado oposição ao retorno, mesmo nas bases propostas. Explicaram que a decisão cabe à categoria, reunida em assembleia.
Máscaras, álcool em gel, transportes e distanciamento social
A falta de uma fiscalização prévia ao retorno de condições como a oferta de máscaras e álcool em gel, além do distanciamento social, é uma das principais razões para a oposição manifestada pelos diretores do SindPro. Outra fonte de apreensão é a situação dos transportes coletivos. A volta as aulas tende a aumentar os casos de superlotação no metrô, trens e barcas. No caso dos ônibus, o desafio adicional é evitar que o trajeto se torne mais lento pelo aumento do tráfego nas principais ruas e um consequente aumento da exposição ao risco de contágio pela Covid-19.
O prefeito Marcelo Crivella citou a movimentação de donos e diretores de escolas particulares como um dos fatores que justificam a retomada. Representante de um dos principais grupos de escolas do Rio, Gustavo Fernandes admitiu que ainda não foi batido martelo da retomada para o dia 3. Apenas 30% dos pais e alunos consultados pelo grupo, on line, manifestaram interesse no retorno imediato. Nesse caso, está sendo feita a adaptação das salas de aula e espaços comuns para garantir o distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas. A grade de aulas e a liberação de professores acima de 60 anos ou com doenças prévias e crônicas, que aumentem o risco para a Covid-19, são outros pontos que tornam a retomada imediata um enorme desafio.
Fernandes alerta para o fato de que falta uma posição pública da Secretaria Estadual de Educação, responsável pela regulação do Ensino Médio, dividindo essa atribuição com as prefeituras, nas últimas séries do Ensino Fundamental.