O presidente de honra do PTB e um dos mais ativos defensores do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, o ex-deputado Roberto Jefferson publicou em seu perfil no Twitter uma reclamação contra o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Advogado de formação, base para sua projeção pública nos programas Povo na TV e Aqui Agora, do SBT, Jefferson usou a retórica aprendida no ofício para questionar ter tido a residência invadida e revistada. Jefferson, condenado no processo do Mensalão do PT, no qual fez delação premiada e teve a pena abrandada, negou 'fundamento processual e fático' às medidas.
Consultada pela imprensa a respeito, a assessoria do Supremo Tribunal Federal ainda não respondeu. O site do Supremo não faz até o momento referência ao incidente. A Ascom do Supremo confirma, entretanto, que a suspensão de diversas contas no Twitter decorre de ordem judicial, expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, que preside os inquéritos das fake news e das manifestações antidemocráticas. Uma das contas suspensas por determinação judicial é exatamente a de Roberto Jefferson.
Em entrevista ao Canal bolsonarista Questione-se, no Facebook, Roberto Jefferson fez ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal. dispara ofensas e ataques, inclusive de caráter sexual, a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele chega a dizer que são "sodomitas".
Na entrevista, Jefferson chama o ministro Edson Fachin de "Cármen Miranda", o ministro Luís Roberto Barroso de "Lulu Boca de Veludo", o ministro Gilmar Mendes de "sapão" e o futuro presidente do STF, Luiz Fux, de "Beija Pé". No ataque, Fux se "ajoelhou e beijou os pés" da mulher do ex-governador do Rio Sergio Cabral para agradecer a defesa que ela fez da indicação dele ao STF.
A entrevista foi divulgada na segunda (20), na página do canal Questione-se, e acumulou 65 mil visualizações.