Justiça suspende função pública de 26 PMs acusados de corrupção
Policiais lotados no 10ºBPM (Barra de Piraí) foram denunciados em maio
A juíza da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros decretou a suspensão da função pública de 26 policiais militares que foram denunciados em maio deste ano pelo Ministério Público Estadual suspeitos do crime de corrupção passiva.
A acusação é por um crime supostamente cometido em 2010 mas só agora houve acusação formal. Os PMs, na época, eram lotados no 10º Batalhão (Barra do Piraí). Um deles integrava o 28º BPM (Volta Redonda)
Segundo a denúncia, os policiais teriam recebido propina para não coibirem crimes de furto, estocagem e venda ilícita de combustíveis adulterados participando assim de uma "máfia de combustíveis".
O montante total das vantagens indevidas pagas aos PMs suspeitos, de janeiro a outubro de 2010, chegou a cifra de R$ 266.545,00.
No dia 29 de outubro de 2010, foi realizada uma operação do Serviço Reservado (P2) do 10º BPM no km 243 da Rodovia Presidente Dutra , em Piraí, no Sul Fluminense, com a finalidade de se verificarem notícias remetidas à unidade no sentido de que PMs estariam recebendo vantagens econômicas para coibirem os crimes já citados anteriormente.
Como resultado da diligência, foi apreendido um caderno que constavam nomes de PMs, bem como de valores discriminados que recebiam para não coibir esses delitos.
Os PMs citados ao longo de 2010 teriam recebido valores somados que variaram entre R$ 40 e R$ 3.750.
Segundo a decisão da juíza, a perda da função vai ocorrer até a sentença definitiva não podendo os acusados serem escalados na atividade-fim, tampouco em serviços internos ou administrativos.