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A limpa continua

Ex-presidente da Bolsa de Valores do Rio é preso na Operação Golias

Edson Menezes, dono do Banco Prosper, é investigado por propina no leilão do BERJ


Ex-presidente da Bolsa foi preso em operação da PF (Foto: Agência Brasil)

O ex-presidente da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e acionista majoritário do Banco Prosper, Edson Figueiredo Menezes, foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira,16 . A prisão é parte da Operação Golias, na qual o Ministério Público Federal e a Polícia Federal investigam o pagamento de propina para a contratação do Prosper no processo de leilão do Banco do Estado do Rio de Janeiro (BERJ). A prisão preventiva de Edson Menezes foi autorizada em paralelo a buscas e apreensões em seis endereços ligados ao banqueiro.

Em 2006, o governo do Rio de Janeiro contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para elaborar consultoria independente para fixar o preço mínimo da alienação das ações do BERJ. Em paralelo, a FGV Projetos foi contratada para fazer a precificação da folha de pagamento dos funcionários do Estado. O edital de leilão do Banco, tornado público quatro anos depois, em 2010, previa o pagamento de 3% do valor alcançado na venda para a consultadoria independente. Ao final do processo, em 2011, foi identificado a transferência de R$ 3,12 milhões pela FGV ao Prosper, a título de prestação de serviços.

Dirigentes da FGV Projetos deverão ser chamados ainda hoje para depor na sede da Polícia Federal, na Praça Mauá. Procurada pelo Portal, a assessoria da FGV não retornou a tempo as ligações.

Os procuradores da República integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro sustentam que estes elementos confirmam as denúncias trazidas no depoimento de um dos colaboradores de que o governador do Rio à época, Sérgio Cabral, condicionara a realização do leilão do BERJ, somada à folha de pagamento dos servidores do Estado do Rio de Janeiro, à contratação do Prosper para recebimento de vantagem indevida.

Em contrapartida, Edson Menezes transferiu recursos ao grupo de Sérgio Cabral. Os pagamentos foeram feitos tanto em espécie, quanto por meio da aquisição no mercado internacional de vinhos de mais de mil dólares cada, paga por uma das offshores de Menezes, a Remo Investments Ltd SA. 
Além disso, na Operação Câmbio, Desligo, foram encontrados registros no sistema Bankdrop de pelo menos cinco operações de dólar-cabo e lavagem de capitais da offshore Remo Investments junto aos irmãos Chebar, operadores financeiros do ex-governador Cabral.

As investigações também revelaram relação de amizade próxima entre Edson Menezes com Carlos Nuzman, denunciado na Operação Unfair Play. Menezes também integrou o Conselho da Riopar Participações, ao lado de Marcelo Traça, Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, denunciados na Operação Ponto Final, que investrigava irregularidades na concessão de linhas de ônibus e na operação de sistemas de bilhetagem integrada e cálculo de tarifas.

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