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Bolsonaro ataca TV Globo sem responder depósitos de Queiróz na conta de Michelle

'Há pelo menos dez anos o sistema Globo me persegue e nada conseguiram provar contra mim', escreveu o presidente em tweet

Por Portal Eu, Rio! em 24/08/2020 às 10:46:40

Bolsonaro, Família Marinho e Daniel Gullino, repórter de O Globo: ataques. Imagens: Reprodução Rede Social

Depois de atacar o jornalista Daniel Gullino, de O Globo, ontem (23), ameaçando agredi-lo fisicamente e sem responder sobre depósitos de Fabrício Queiroz na conta de Michelle, Jair Bolsonaro atacou a família Marinho, proprietária do jornal, na manhã desta segunda-feira (24). Num tweet, às 6h45, ele escreveu: "Há pelo menos 10 anos o sistema Globo me persegue e nada conseguiram provar contra mim. Agora aguardo explicações da família Marinho sobre a delação do "doleiro dos doleiros", onde valores superiores a R$ 1 bilhão teriam sido repassados a eles".

Imagem: Reprodução Twitter

O tweet é claramente uma resposta de Bolsonaro ao fato de o jornalista do jornal O Globo ter lhe perguntado sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle, num montante de R$ 89 mil. À indagação, Bolsonaro agrediu: "vontade que tenho é encher sua boca de porrada". E chamou o repórter de "safado". Em, seu texto, Bolsonaro refere-se à delação premiada de Dario Messer, conhecido como o "doleiros dos doleiros", que relatou ao Ministério Público Federal do Rio ter feito entregas regulares de dólares em espécie para a família Marinho, dona da Rede Globo.

Delação premiada

No acordo de delação premiada homologado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, Dario Messer, conhecido como o "doleiros dos doleiros" contou ao Ministério Público Federal do Rio que fez entregas regulares de dólares em espécie para a família Marinho, dona da Rede Globo. De acordo com reportagem da revista Veja, publicada no dia 14, Messer disse aos procuradores que a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. "Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 000 e 300 000 dólares", diz a revista.

Ao MPF-RJ, o doleiro não apresentou provas das acusações. Ele disse que as operações com a família Marinho se iniciaram nos 1990 e eram feitos por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da conta da família no banco Safra de Nova York.

Pelo acordo de delação premiada, Dario Messer se comprometeu a devolver aos cofres públicos cerca de R$ 1 bilhão. Ele ficará ainda com R$ 3 milhões e um apartamento no Leblon, no Rio de Janeiro.

De acordo com o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário identificado por ele como José Aleixo. "O doleiro sustenta em depoimento que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo)", diz a Veja.

Em nota à revista, a Rede Globo negou que Roberto Irineu e João Roberto Marinho nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior e nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades.

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