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Surdez

Pesquisa nos EUA relaciona reposição hormonal à perda de audição

Tratamento pós-menopausa pode ser a causa.


O exame de audiometria é recomendado para acompanhar a saúde dos ouvidos. Foto: Agência Brasil

Um estudo realizado em um hospital de Massachusetts (EUA), em 2017, mostrou um risco gradual de perda auditiva em mulheres que fazem uso de hormônios sintéticos na pós-menopausa. Segundo a pesquisa, o índice de perda de audição em quem faz a reposição hormonal é 21% maior do que em quem não utiliza nenhum tipo de medicamento.

A menopausa é um período de grande transformação na vida das mulheres com mais de 45 anos de idade. Para amenizar os transtornos que a redução na produção de hormônios causa, muitas delas recorrem à terapia de reposição hormonal. Segundo o estudo, o tratamento além de benefícios, pode acarretar em perda de audição.

Tal pesquisa é considerada o primeiro grande estudo que associa a deficiência auditiva à terapia hormonal. Não se sabe precisar ao certo porque isso acontece, mas tudo indica que o aumento das doses hormonais pode interromper a recepção do estrogênio nas células ciliadas do ouvido, as responsáveis por levar os estímulos auditivos para o cérebro. Uma vez que essas células morrem, não se repõem, causando a perda de audição.

Audiometria

Para a fonoaudióloga da Telex, Isabela Carvalho, "o mais indicado é que essas mulheres realizem anualmente uma audiometria, exame que mede a capacidade auditiva. Assim, será possível acompanhar a saúde dos ouvidos e, caso haja alguma alteração, se pode indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Quanto mais cedo a perda auditiva for tratada, maiores as chances de minimizar as suas consequências", explica Isabela.

Segundo a pesquisa norte-americana, o tratamento de reposição hormonal, a longo prazo, pode trazer consequências para a saúde auditiva.Os riscos com surdez aumentam em 15%, após cinco anos do uso de hormônios em forma de comprimidos.

No climatério (período em que há diminuição da produção dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários), as repercussões hormonais no organismo da mulher se somam às transformações biológicas, psicológicas, sociais e culturais. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), os sintomas da menopausa e as respostas sexuais não são os mesmos para todas as mulheres. É necessário compreender esses fatos de forma mais global, levando em consideração a integralidade da vida.

O mito de que o término da menstruação significa o fim da sexualidade é totalmente falso. A libido é influenciada pela presença de outros hormônios, como os androgênios, que estão presentes durante toda a vida e nesta fase encontram menor contraposição estrogênica. Manter uma atividade sexual desejada e prazerosa é saudável. O desejo sexual depende muito mais da natureza e da qualidade do relacionamento em si, do que das circunstâncias da idade, relata o Ministério da Saúde (MS).

"Cuidar da saúde é essencial e os ouvidos devem fazer parte dessa rotina. Problemas auditivos sem tratamento podem levar à perda auditiva grave e definitiva. Uma vez diagnosticada essa perda de audição, em qualquer nível, mesmo o mais leve, é preciso tratar e isso é feito de forma simples, com o indivíduo levando uma vida normal. A grande maioria dos casos de perda auditiva pode ser tratada com o uso de aparelhos auditivos. Hoje, a gente tem muitos recursos tecnológicos que oferecem conforto e audiobilidade (capacidade de ouvir bem as informações sonoras). As pessoas não usam aparelhos auditivos por preconceito, por achar que está relacionado a idade avançada", reforça Isabela. E complementa: "Ter uma boa audição facilita a comunicação e a interação com o mundo ao nosso redor trazendo mais alegria de viver", explica.

A idade indicada para se fazer o exame de audiometria é aos 45 anos, tanto em mulheres como em homens, a cada dois anos, se o resultado for normal, afirma a Isabela Carvalho. Caso haja alguma alteração, a indicação da frequência do exame será de acordo com cada caso e recomendada pelo otorrinolaringologista ou pelo fonoaudiólogo.



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