O Governo do Estado do Rio de Janeiro vai adquirir 40 mil computadores, equipamentos multimídia e materiais didáticos digitais para as aulas remotas na rede estadual de ensino. O recurso, no valor de R$ 82 milhões, será descentralizado e encaminhado para as escolas. As salas de aula serão adaptadas e transformadas em laboratórios de informática para que possam receber, três vezes por semana, a partir do dia 5 de outubro, alunos que têm dificuldade de acesso à internet. O objetivo é garantir que os estudantes continuem os estudos por meio da plataforma Google Classroom.
A retomada das aulas acontecerá em regiões que permaneçam em baixo risco de contaminação pela Covid-19 por, no mínimo, duas semanas seguidas antes da data prevista para a abertura. Por orientação da Secretaria de Estado de Saúde, as atividades serão retomadas de forma gradativa. Em um primeiro momento, apenas 30% dos alunos retornarão, dando prioridade para os que estão no 9º ano do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio. Será respeitada a autonomia das direções das escolas para que seja feita qualquer alteração que julguem necessária. Ouça o secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, explicar o investimento na transformação das salas de aula em laboratório de informática no podcast do Eu, Rio!
Para viabilizar esses planos, contudo, a Secretaria estadual de Educação e o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio de Janeiro têm até o dia 1º de outubro para chegar a um consenso sobre a retomada do ano letivo na rede estadual de ensino sem prejuízo do calendário escolar. O prazo foi acordado em audiência de conciliação conduzida pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Claudio de Mello Tavares, na tarde de terça-feira (1°/9).
Até lá, continua valendo a decisão do presidente do TJRJ, que determinou, em 13/8, a manutenção presencial, em cada unidade escolar, do mínimo de 70% dos funcionários que exercem atividades administrativas, respeitadas as bandeiras sanitárias divulgadas pelo estado. A decisão atendeu à ação proposta pelo governo a partir do anúncio de greve feito pelo Sepe. O prazo de 30 dias foi proposto pelo sindicato, através de um pedido de suspensão temporária da ação em andamento, e aceito pelo governo do estado. A ideia é que, nesse período, seja encontrada uma solução para o corrente ano letivo.
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Fonte: Site do Governo do Estado do Rio de Janeiro