A Light, concessionária responsável pela distribuição de energia no Rio, suspendeu o fornecimento de luz em 22 escolas municipais do Rio nesta quarta-feira (30/09). De acordo com a empresa, em função da pandemia, as unidades da rede municipal estão com as aulas suspensas. Desta forma, o corte não afetará o calendário escolar.
A empresa ainda afirma que a dívida da Prefeitura do Rio de Janeiro é de R$ 186 milhões. Deste total, R$ 39 milhões são débitos da Secretaria Municipal de Educação, o segundo maior devedor da concessionária entre os órgãos da administração municipal.
A maior dívida, afirma a empresa, é da Secretaria Municipal de Saúde: R$ 62 milhões. no entanto, a companhia informou que, por conta dos problemas causados pela pandemia de Covid-19, não fará cortes no fornecimento de energia dos hospitais municipais.
Segundo a Light, em março deste ano uma negociação chegou a ser fechada com a Secretaria Municipal de Educação, que se comprometeu a pagar o débito em oito parcelas. No entanto, segundo a empresa nenhuma delas foi honrada.
A Light afirma que as unidades municipais em débito foram informadas da possibilidade de suspensão do fornecimento, efetuado após 15 dias do aviso, conforme as normas do setor.
Tentativa de solução
A empresa diz também, ter realizado, entre janeiro e agosto deste ano, 10 reuniões com representantes da administração municipal em busca de uma solução para a regularização dos débitos.
Em 23 de julho, afirma a Light, em reunião com representantes da Secretaria Municipal de Fazenda ficou acertado que a Prefeitura apresentaria até 10 de agosto uma proposta de parcelamento da dívida, o que não ocorreu.
No início de setembro, a Light fez cortes por inadimplência em algumas unidades municipais, a maioria delas equipamentos culturais. O fornecimento dessas unidades foi religado à medida em que seus débitos foram pagos.
Ainda de acordo com a companhia, para equacionar uma dívida de R$ 144 milhões, em outubro de 2018 Light e Prefeitura firmaram um acordo de parcelamento. Desde abril deste ano, no entanto, as parcelas do acordo não são pagas.
Além disso, afirma a Light, desde setembro de 2018, as faturas mensais de consumo da prefeitura não são integralmente pagas.