O Comando Militar do Leste (CML) informou na tarde desta quarta-feira (22) a morte do soldado do Exército, Marcus Vinicius Viana Ribeiro, que havia sido ferido em confronto com criminosos na última segunda-feira durante operação das Forças de Segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
Foi o terceiro militar a morrer em decorrência da operação, iniciada na madrugada de segunda-feira. Já haviam sido confirmados os óbitos do cabo do Exército Fabiano de Oliveira Santos, atingido por um tiro de fuzil no ombro e do soldado João Viktor da Silva
Marcus Vinicius levou um tiro na perna e inicialmente seu estado de saúde não indicava risco de morte. Entretanto, segundo o CML, ele veio a falecer em decorrência de evolução indesejável de seu quadro clínico.
Em nota, o CML diz que "neste momento de consternação e pesar, solicita-se que seja concedido o respeito ao luto e à contrição por parte da família do militar, ressaltando que todo o apoio psicológico e espiritual vem sendo dado aos seus familiares. Todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis também já estão em curso".
No comunicado, o Exército fala ainda que "concitamos à população fluminense um momento de reflexão acerca do supremo sacrifício despendido pelo soldado em sua missão de proporcionar um ambiente seguro e estável ao habitantes do Estado do Rio de Janeiro".
Na operação desencadeada na Penha e no Alemão, cinco suspeitos também morreram.
Ocupação por tempo indeterminado
Após diversos confrontos nos Complexos do Alemão, Penha e Maré, o Gabinete de Intervenção Federal informou, anunciou na manhã desta quarta-feira, que as tropas militares vão permanecer por tempo indeterminado. Desde segunda-feira, quando as operações começaram, 70 pessoas foram presas, 8 pessoas morreram, três delas militares e cinco suspeitos. Ainda de acordo com o Comando Militar do Leste, ao todo, 14 armas foram apreendidas, entre elas 5 fuzis, 1.045 munições, sete carregadores, 554 quilos de maconha e uma moto. A ação do Comando Conjunto da Intervenção Federal acontece simultaneamente nos três complexos, com participação de mais de 4 mil homens das Forças Armadas e auxílio de policiais civis e militares. Blindados e aeronaves participam da operação. Na ação, além de revistar os moradores, os militares estão cumprindo mandados de prisão.