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ONG promove campanha para erradicar a desigualdade social durante a pandemia

Instituição Dara estimula o combate à pobreza estrutural para uma sociedade mais igualitária e desenvolvida

Por Portal Eu, Rio! em 16/11/2020 às 14:00:26

Funcionária do Instituto Dara organiza sacola para doação. Foto: Divulgação

A COVID-19 trouxe um quadro alarmante para o país. Economistas estimam que o Brasil terminará 2020 com uma taxa de desemprego de 15% e o pico da crise será em meados de 2021, quando as medidas emergenciais forem interrompidas. Em recente pesquisa lançada, a Fundação Getúlio Vargas mostrou que em agosto mais de 270 mil fluminenses entraram na linha da pobreza, que voltou a subir 1,55%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, do IBGE.

Diante deste cenário emergencial, o Instituto Dara (antigo Saúde Criança) viu a necessidade de intensificar suas ações e lançou, no dia 28 de outubro, a campanha “Basta! Pobreza não é normal”.

A iniciativa visa o engajamento e a mobilização de recursos de diferentes atores da sociedade brasileira e do exterior a fim de construir coletivamente um “normal” sem pobreza. Ao longo de 29 anos de trabalho, a ONG, segundo Muhammad Yunus, ganhador do prêmio Nobel da Paz em 2006, “criou uma poderosa metodologia de inclusão dos mais pobres”.

O Plano de Ação Familiar (PAF), tecnologia social desenvolvida pelo instituto, é desenhado de acordo com as necessidades de cada família, com a criação de metas e de ações nas áreas de saúde, de educação, de cidadania, de moradia e de renda para que se tornem protagonistas do seu próprio desenvolvimento. Com essa visão intersetorial e integrada de combate à pobreza, em média, uma família leva dois anos para sair de uma situação de vulnerabilidade social para o exercício pleno de sua cidadania.

A maioria das mais de 1.400 pessoas/mês atendidas hoje pelo Dara vive em comunidades espalhadas pelo estado do Rio de Janeiro. Mais de 40% das famílias estão na Baixada Fluminense e têm uma renda per capita média de R$ 380 por mês. Muitas perderam sua principal fonte de renda quando o isolamento social foi iniciado.

“Precisamos romper o ciclo da pobreza para que ele não se perpetue. Nossa proposta é dar um basta à pobreza”. afirma Vera Cordeiro, fundadora e presidente do Conselho de Administração da instituição. “Como a pobreza é multidimensional, uma solução duradoura tem de levar em conta um olhar integral das famílias”, complementa.

Desde o início da quarentena, o instituto readaptou o plano de ação, arrecadou fundos e prestou atendimento remoto para que as pessoas sobrevivessem à crise, como foi o caso de Angel Silva. A jovem, de 28 anos, moradora do bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, teve o primeiro contato com a ONG em 2018, quando seu filho recebeu acompanhamento médico e nutricional devido a um caso grave de desnutrição. Meses depois, a moradia da carioca foi devastada por uma enchente e, mais uma vez, foi atendida e teve sua casa reformada.

“Durante a pandemia, o Dara contribuiu muito com a minha família. Participei de mutirões, tive meu cartão alimentação recarregado e recebi vários atendimentos médicos e nutricionais por telefone. Agora, com essa nova campanha, eles poderão ajudar outras famílias que vivem em condições como as que eu vivia, para que elas tenham chances de sair de uma situação de miséria e nunca mais voltar. Para isso, é preciso que as pessoas entendam que a pobreza não pode ser normalizada”, relata Angel.

A pobreza tem solução

Com R$40/mês – você ajuda a garantir acompanhamento nutricional para uma criança.

Com R$70/mês – você garante acesso à internet para uma família.

Com R$100/mês – você garante uma cesta básica para uma família.

Com R$150/mês – você garante um mês de formação profissional para uma jovem de periferia.

Com R$300/mês – você garante cestas básicas para três famílias em vulnerabilidade social.

Com R$500/mês – você oferece leite especial para duas crianças com disfagia e atraso neuropsicomotor.

Com R$700/mês – você garante atendimento intersetorial mensal para uma família.

Com R$ 1 mil/mês – você garante capacitação em gestão para 2 nano empreendedoras de periferia.

Para doar, acesse www.dara.org.br/doe

Dara significa estrela-guia em sânscrito do khmer cambojano e foi um nome construído ao longo de uma história de três décadas e de milhares de famílias que se transformam integralmente. “Nos últimos três anos, percebemos que o nome - Associação Saúde Criança - não refletia mais o crescimento e a missão de nossa organização, que atua em quatro pilares fundamentais: o atendimento direto a famílias em vulnerabilidade social, a influência em políticas públicas, a produção e a disseminação de conhecimento e a mobilização social”, explica Vera Cordeiro, fundadora da instituição.

Por oito anos consecutivos, o Instituto Dara é considerado a melhor ONG da América Latina e 21ª melhor do mundo pela publicação suíça NGO Advisor. A instituição atua para promover a saúde e o desenvolvimento humano por meio da implementação e da disseminação de uma abordagem integrada de combate à pobreza. Foi fundado pela Dra. Vera Cordeiro, em 1991, com um grupo de profissionais do Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro, Brasil.

Atualmente, o Dara trabalha com a Frente Parlamentar da Primeira Infância e presta consultoria para o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas na revisão de políticas públicas de assistência social com a Universidade Maryland, nos EUA, além de manter uma parceria para transferência do PAF e aplicação em uma comunidade na cidade de Baltimore.

Ao longo dos anos, o instituto impactou diretamente a vida de mais de 75 mil em vulnerabilidade social no Brasil e virou política pública em Belo Horizonte (MG). O DNA da metodologia foi levado por outros empreendedores para quatro continentes, contribuindo com a mudança de vida de mais de 1 milhão de pessoas.


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