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De Gustav Mahler

Orquestra de Câmara da Cia. Bachiana Brasileira estreia versão de 'A Canção da Terra'

Apresentação virtual faz parte da série #SalaDigital na Sala Cecília Meireles, espaço FUNARJ


Maestro Ricardo Rocha, da Cia Bachiana Brasileira. Foto: Divulgação

A série #SalaDigital apresenta na Sala Cecília Meireles, espaço FUNARJ, hoje (5), às 19 horas, com a Orquestra de Câmara da Cia. Bachiana Brasileira, sob a regência do maestro Ricardo Rocha, “A Canção da Terra”, de Gustav Mahler (transcrição de Arnold Schoenberg-Rainer Riehn), com transmissão ao vivo pelo Canal YouTube da Sala Cecília Meireles. Participação da mezzo-soprano Lara Cavalcanti e do tenor Giovanni Tristacci. A série #SalaDigital tem o patrocínio da PETROBRAS.


Gustav Mahler. Foto: Divulgação

Ao longo da transmissão serão arrecadadas doações para a Associação dos Amigos da Sala Cecília Meireles que apoia a programação artística e educativa da Sala Cecília Meireles. As doações são dedutíveis do Imposto de Renda de 2021.


Lara Cavalcanti, mezzo-soprano. Foto: Divulgação

O link para a transmissão é https://www.youtube.com/c/salaceciliameireles.

'A Canção da Terra'

"A Canção da Terra" é considerada, por alguns críticos, como a obra mais importante de Gustav Mahler (1860-1911). Os textos usados por Mahler nesta obra foram extraídos do livro A Flauta Chinesa publicado em 1907, uma tradução alemã de poemas chineses dos séculos VIII e IX feita por Hans Bethge. Atingido por várias tragédias pessoais – a morte da filha de quatro anos, a campanha antissemita que o levou a demitir-se da Ópera Imperial de Viena e o diagnóstico de uma doença cardíaca incurável – Mahler encontrou consolo na leitura que sua mulher, Alma, fazia em voz alta da ancestral poesia chinesa da dinastia Tang. De acordo com a sua narração, “Gustav escolheu os poemas mais tristes da coletânea, começando a esboçar ideias musicais enquanto passeava por atalhos solitários e abandonados”. No verão de 1908, a concepção global deste ciclo sofreu a metamorfose definitiva, tendo Mahler decidido fundir alguns textos, acrescentar frases da sua autoria e introduzir “interlúdios” instrumentais, assim nascendo uma verdadeira estrutura “sinfônica”.


Giovanni Tristacci, tenor. Foto: Divulgação

Segundo o crítico João Marcos Coelho, “Arnold Schoenberg (1874-1951) tinha um sonho iluminista em sua vida: executar este ciclo de seis canções em sua Sociedade de Execuções Musicais Privadas que funcionou entre 1918 e 1921 em Viena, teve até 300 assinantes e visava a promoção de interpretações de alto nível da música contemporânea. Essa transcrição de “A Canção da Terra” não chegou a ser levada ao palco. A Sociedade deixou de existir antes de Schönberg completá-la.” Assim essa transcrição permaneceria anônima até 1983, quando o diretor alemão Rainer Riehn resolveu completá-la, nela trabalhando por cinco anos até terminá-la em 1988.É exatamente essa transcrição que faz a sua estreia carioca na Série #SalaDigital da Sala Cecília Meireles.

Orquestra bachiana Mahler Canção da Terra Sala Cecília Meireles

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