Lançado recentemente, o aplicativo MonitoriQ monitora idosos à distância 24 horas por dia. Uma das principais funções é a ligação de emergência. Se a pessoa cuidada não atender ao telefone, o aplicativo permite que o celular do idoso faça uma ligação forçada e automaticamente passe para o modo viva-voz.Além disso, se o nível da bateria chegar a 10% a pessoa que cuida recebe um alerta.O App, que pode ser baixado pelo Google Play, é gratuito durante o lançamento.
Segundo o criador do aplicativo, Patrick Coelho, uma mesma pessoa pode cuidar de vários idosos e um mesmo idoso pode ser monitorado por vários filhos. A ideia para o App surgiu após o pai de Patrick ter tido problemas de saúde e não ter conseguido atender a ligação do filho.
"Meu pai tem 78 anos e mora sozinho, no dia que ele passou mal e não alcançou o celular, ficou várias horas sem assistência. Eu fiquei muito preocupado e quando acontecia qualquer falta de comunicação eu já ficava em alerta. Então, quis transformar o telefone em uma ferramenta para impedir que isso acontecesse novamente", contou Patrick.
Inicialmente, somente para Android
O aplicativo usa grande parte dos sensores do aparelho para colher informações sobre as atividades do idoso. Em celulares com mais recursos, o MonitoriQ mostra qual foi a última vez que o aparelho da pessoa cuidada foi deslocado para outros locais, há quanto tempo foi manuseado, além de mudanças na iluminação do ambiente, permitindo identificar se a luz está apagada ou acesa. Mesmo em modelos mais simples será possível visualizar se o celular está ou não conectado a um carregador, quando foi colocado ou tirado da carga pela última vez e qual é o nível de bateria. Hoje o App está disponível apenas para Android, mas Patrick pretende lançar a versão para iPhone também.
"Vai depender da aceitação do aplicativo, pois depende de mais investimento para comprar equipamentos Apple para usar durante o desenvolvimento. Inicialmente o aplicativo é totalmente gratuito, porém tenho gastos com a infraestrutura que mantém o programa funcionando. Hoje estou utilizando recursos próprios. Futuramente algumas funcionalidades estarão disponíveis apenas para os pagantes, mas ainda haverá muitas gratuitas", disse Patrick.
A aposentada Célia Brandão, 69 anos, que está sendo monitorada pela filha, avalia o aplicativo como uma boa iniciativa. "Eu acredito que além do familiar, a própria pessoa monitorada também se sente mais segura, porque em caso de necessidade o aplicativo vai fazer o que ela não conseguir", pontuou.