A presidente da Fiocruz, Nisia Trindade, anunciou no inicio da tarde de hoje (30) que o pedido de registro da vacina de Oxford/AstraZeneca na Anvisa segue até 15 de janeiro. Principal aposta do governo federal para a imunização contra a Covid-19, a vacina de Oxford foi aprovada pelas autoridades sanitárias do Reino Unido esta manhã.
A Anvisa recebeu nesta quarta-feira (30) uma delegação da AstraZaneca, que informou a aprovação no Reino Unido, e os resultados definitivos da Fase 3. A vacina teve 70 % de eficácia na segunda dose, aplicada 12 semanas após a primeira. O laboratório informou a agência reguladora que o pedido de registro no Brasil é responsabilidade da Fiocruz.
A Anvisa reafirmou a análise em até dez dias. Lei em vigor, aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, estabelece contudo 72 horas para a manifestação da Anvisa, caso organismos internacionais integrados pelo Brasil ou agencias reguladoras e órgãos sanitários do país de origem tenham liberado a vacina para uso nos cidadãos de seu território. Para isso, o país do laboratório ou consórcio desenvolvedor tem de ter convênio prévio em vigor com a Anvisa. Caso do Reino Unido, que sedia a Universidade de Oxford.
A presidente da Fiocruz destacou na coletiva que o intervalo maior entre as doses, que passou de 30 dias para 12 semanas, ajuda, no caso de um país continental como o Brasil. O intervalo maior entre as aplicações permite alcançar mais gente na primeira dose, que já protege parcialmente e com isso torna mais lenta a expansão da doença.
A vacina contra o coronavírus desenvolvida por cientistas da Universidade de Oxford foi aprovada para uso emergencial no Reino Unido. Isso levará a uma expansão massiva da campanha de imunização do Reino Unido, que começou a vacinação com o modelo da Pfizer, no dia 8 de dezembro.
A vacina de Oxford é também uma das principais apostas do governo brasileiro para combater o coronavírus. O Brasil foi um dos países que participou da fase de testes do imunizante da universidade britânica e possui um protocolo de transferência de tecnologia que permite aos brasileiros produzir nacionalmente a vacina da Oxford.
O secretário britânico da Saúde, Matt Hancock, disse que a vacina começará a ser aplicada na população em 4 de janeiro e que o ritmo da imunização será acelerado nas primeiras semanas.
O Reino Unido encomendou 100 milhões de doses da vacina de Oxford junto à fabricante AstraZeneca — o suficiente para vacinar 50 milhões de pessoas. Esse número de doses, combinado com o que o Reino Unido já comprou da Pfizer, garantirá a imunização de toda a população, segundo o governo.
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Fonte: Agência Brasil