UFRJ promove campanha para manter meteorito no Brasil

O meteorito Campinorte é de propriedade particular e pode ser vendido para o exterior

Por Claudio Rangel em 05/01/2021 às 05:55:54

Meteorito Campinorte pesa uma tonelada e meia. Foto: Divulgação

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realiza campanha de doações para a aquisição definitiva do meteorito Campinorte, encontrado em uma fazenda de Goiás. É o terceiro maior encontrado em território brasileiro, com peso de uma tonelada e meia e cujo proprietário o colocou a venda.

Os cientistas estimam que o meteorito caiu há mais de mil anos. A falta de legislação no Brasil permite que uma organização estrangeira adquira o artefato.

Segundo a Geóloga, professora do departamento de geologia da UFRJ e diretora do Museu da Geodiversidade do Instituto de Geociências da UFRJ, Kátia Leite Mansur, o objetivo da Universidade é fazer com que o artefato espacial permaneça no Brasil para a realização de pesquisas.

"Ele é bem grande e ele foi posto à venda pelo proprietário. E com isso, sabendo que ele corre o risco de ser vendido é para uma instituição estrangeira, ou mesmo para um colecionador estrangeiro, nós entramos numa campanha para fazer com que ele fique aqui no Brasil numa numa instituição de pesquisa".

Kátia disse ainda que o objetivo é disponibilizar o meteorito para a visitação e pesquisas, já que os metais são mensageiros da história da da formação do sistema solar e da própria Terra.

O valor previsto para a aquisição é de R$ 400 mil. As doações podem ser feitas na conta do Banco do Brasil, Agência 2234-9, conta 55682-3, CNPJ da fundação coppertec 72.060.999/0001-75.

"A intenção é que a gente consiga recursos. Para isso, existe um site que tem total transparência onde cada doação aparece. Isso tudo fica disponível para quem quiser doar e fazer com que esse meteorito fique no nosso país para continuar para ser objeto de pesquisa e para continuar sendo acessível, para que nossas crianças nossos estudantes possam conhecer um pouco desse material Espetacular da terra.

Ouça a professora Kátia Leite Mansur:

Por Claudio Rangel