Governo Federal cede e compra 100 milhões de doses da Coronavac

Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuelllo, anunciou o fechamento do contrato para vacinação contra Covid-19 com o Instituto Butantan. Serão 100 milhões de doses da vacina: 46 milhões até abril e mais 54 milhões ao longo do ano. A aquisição só foi possível com a assinatura de Medida Provisória (MP) pelo presidente Jair Bolsonaro, ontem, quarta-feira (6). O contrato foi firmado 24 horas depois com o Butantan.

"O custo do Butantan é de US$ 21 por pessoa e a da Fiocruz é de US$ 3,75 cada. Não compramos mais da Fiocruz porque estava no limite da aquisição. A vacinação será gratuita e não obrigatória para todos os brasileiros, com ou sem plano de saúde", disse Pazuello.

O ministro prometeu iniciar a vacinação dia 20 de janeiro, caso saia a autorização da Anvisa. A aposta do Ministério da Saúde é nas vacinas produzidas pela Fiocruz (Oxford/AstraZeneca) e por Butantan (CoronaVac, da chinesa Sinovac).

Com relação à vacina oferecida pela Pfizer ao longo do primeiro semestre, sequer chega a garantir a imunização de toda a população do Grande Rio, segundo o ministro da Saúde. Serão 500 mil em janeiro e mais 4 milhões ao longo do semestre.

Pazuello defendeu a opção feita pela vacina da Oxford/AstraZeneca, como a melhor à época. "Torna o Brasil autossuficiente, a US $ 3,75 a dose. Teremos de 210 milhões de doses, ao longo deste ano, à razão de 20 milhões de doses por mês, a partir de julho de 2021", garantiu.

Segundo o ministro, ainda chegarão 42 milhões de doses da vacina do consórcio Covax Facility, montado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "Sobre o imunizante da Pfizer, tem boa recomendação, mas a exemplo da Janssen-Cilag, só no segundo semestre deste ano. Com relação à vacina da Moderna, somente em outubro", finalizou Pazuello.