Desde a morte de Anna Carolina de Souza, de 8 anos, em 10 de janeiro de 2020, atingida na cabeça quando estava no sofá de casa no bairro Parque Esperança, em Belford Roxo, a plataforma Fogo Cruzado registrou outras 22 crianças baleadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Mesmo com a suspensão de operações pelo STF os índices de violência armada no Grande Rio reduziram. Do total de crianças baleadas, metade dos casos ocorreu na Baixada: Foram 11 vítimas – 6 delas morreram. O número representa um aumento de 267% em relação ao ano de 2019, quando houve 3 crianças baleadas – todas sobreviveram.
Além de Anna, outras 5 crianças foram mortas na Baixada em 2020. Uma menina de 8 anos, que não teve a identidade revelada, morta por bala perdida no Vale do Ipê, em Belford Roxo(23/03); Douglas Enzo Maia dos Santo Marinho, de 4 anos, morto a tiros na Vila Inhomirim, em Magé (07/06); Ítalo Augusto de Castro Amorim, de 7 anos, morto por bala perdida no Éden, em São João de Meriti (30/06); e as as primas Emily Victória Silva dos Santos, de 4 anos e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, 7 anos, mortas por balas perdidas no Pantanal em Duque de Caxias (04/12).
Ao todo, houve 1.033 tiroteios/disparos de armas de fogo na Baixada – 37% a menos que em 2019, quando houve 1.650 tiroteios. Em 2020, ao menos 293 pessoas foram mortas a tiros na região, o que representa 33% do total registrado em todo o Grande Rio (896).