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Primeiros socorros dos pets: como proceder?

Cuidados simples podem contribuir para amenizar a dor do pet e a manter a sua segurança no intervalo entre o acidente e o atendimento especializado

Por Portal Eu, Rio! em 15/01/2021 às 10:00:00

Foto: Reprodução Rede Social

Os pets travessos existem em todas as espécies, raças e casas. Mesmo aqueles que não costumam exagerar nas corridas entre os cômodos, subidas desautorizadas em móveis e esbarrões em vasos ou mesas, vez ou outra acabam dando algum susto nos tutores. Da mesma forma que para os humanos, os primeiros socorros dos pets podem evitar o agravamento dos casos e até mesmo salvar vidas.

"A recomendação mais importante é que, em caso de acidente, o animal receba atendimento veterinário imediato. Por isso, os tutores devem ter sempre à mão o telefone e endereço de um hospital que funcione 24 horas, além do contato do veterinário de confiança. Dessa forma, ele saberá para onde ir caso o pet precise de cuidados de emergência. Isso tornará a prestação do socorro mais ágil e ajudará o tutor a manter a calma", explica o médico-veterinário Claudio Rossi, Gerente Técnico da Unidade Pet da Ceva.


Algumas medidas de primeiros socorros podem contribuir para amenizar a dor do pet e a manter a sua segurança no intervalo entre o acidente e o atendimento especializado. Por isso, para auxiliar os tutores a saberem como agir em casos de emergência, o profissional respondeu em detalhes como proceder caso o pet se envolva em um acidente doméstico. Confira:

1- Como agir se o pet apresentar irritação cutânea? Os animais apresentam, comumente, alergias e dermatite de contato. Ambas são problemas causados pela reação alérgica do pet ao contato com alguma substância irritante (alérgena). Os pets afetados costumam apresentar coceiras, vermelhidão, bolhas vermelhas e falhas no pelo. Nesse caso, o ideal é que o tutor identifique a substância que causou a reação cutânea no animal e não tente utilizar nenhum produto caseiro para resolver a situação. O tratamento deverá ser indicado pelo médico-veterinário, que poderá receitar medicamentos orais e pomadas ou outros tratamentos tópicos para auxiliar no desconforto do pet.

2- Como agir caso o pet sofra uma escoriação?

As escoriações, que são os famosos "ralados", costumam ser lesões de pele simples. Caso o animal sofra um pequeno arranhão, brincando na grama, por exemplo, é indicado higienizar a área lavando-a com água e um pouco de shampoo neutro, próprio para pets. Se a lesão for maior, ou o pet apresentar dor na região, poderá ser necessária a utilização de pomada antisséptica veterinária, que deverá ser indicada por um profissional. Em ambos os casos é importante manter a área limpa e coberta para que o pet não consiga lamber a ferida e para que ela possa cicatrizar.

3- Como agir em caso de queimaduras?

Em casos de queimaduras, é indicado lavar a área afetada com água fria corrente por alguns minutos para resfriar e aliviar a dor. Não se deve utilizar pomadas ou receitas caseiras, apenas é preciso cobrir a região com uma atadura ou pano limpo molhado e levar o animal para avaliação profissional.

4- Como agir em caso de choque elétrico?

Caso o pet sofra um choque elétrico, a primeira coisa a ser feita é retirar o equipamento ou fio da tomada, mas é importante tomar cuidado para não tocar no animal durante a descarga, pois há possibilidade de condução de corrente elétrica e consequente choque. Na sequência, verificar se o pet está consciente e qual o seu comportamento. Dependendo da intensidade da corrente elétrica, o animal pode sofrer graves queimaduras na boca ou patas, e até mesmo ter arritmia cardíaca. Por isso, é fundamental que ele seja levado imediatamente ao atendimento veterinário mais próximo.

5- Como agir caso o pet apresente uma lesão com sangramento?

As lesões hemorrágicas são aquelas com sangramento ativo que podem ser causadas por mordidas, cortes ou perfurações. Nesses casos, conter o sangramento é importante. Para isso, o tutor pode pressionar a região com gaze ou um pano limpo enquanto leva o pet ao veterinário. O procedimento ajudará a conter a perda de sangue. É importante ressaltar que , caso haja algum objeto causando o sangramento, o tutor jamais deve tentar retirar o item, pois isso poderá agravar ainda mais o quadro do pet.

6- Como agir caso o pet sofra uma fratura? Comumente , as fraturas ocorrem em caso de queda ou atropelamento. Em ambos os casos, elas podem ser internas (quando não existe rompimento da pele), ou externas (quando os ossos ficam expostos). Caso o animal sofra uma fratura interna, o tutor pode tentar imobilizar a região para evitar que o pet se machuque durante o trajeto até o atendimento veterinário. Para isso, ele poderá utilizar gaze ou atadura, esparadrapo e um objeto reto mais rígido para servir de apoio, como um papelão. Se a fratura for externa, é indicado apenas cobrir a região com uma atadura ou pano limpo. Em ambos os casos, o tutor deverá buscar socorro imediatamente.

7- Como agir se o pet for picado por um animal peçonhento?

Se for possível, o tutor deve tentar identificar o animal peçonhento que picou o pet, isso auxiliará no atendimento veterinário. É importante que o tutor não tente mexer no local onde o animal foi picado, muito menos que tente remover o veneno realizando algum corte ou perfuração. O pet deve ser levado imediatamente à clínica mais próxima para que receba o tratamento adequado. Em muitos casos o tutor pode não estar presente na hora que o animal é picado. Nesse cenário é preciso estar atento caso o animal manifeste sintomas que indicam o contato com um animal peçonhento como: inchaço ou sangramento no local da picada, nas narinas ou gengivas, vômito, fraqueza, dificuldade respiratória, entre outros. A gravidade do quadro irá depender do tipo de agressor, qual região acometida pelo veneno, a quantidade de veneno e o tipo de reação no organismo do animal. Por isso, caso note qualquer alteração no comportamento do pet, o tutor deve buscar ajuda com urgência.

8- Como agir em caso de intoxicação por ingestão oral?

O primeiro passo é identificar o que causou a intoxicação. O produto, alimento ou planta, a quantidade ingerida e há quanto tempo o pet está apresentando sintomas. Essas são informações importantes que auxiliarão no atendimento veterinário. Caso o tutor tenha carvão ativado em casa, ele poderá ministrar o mesmo ao pet, seguindo as orientações do fabricante. O carvão ativado reduz a absorção da toxina pelo organismo. Outro ponto de atenção é que não se deve forçar o vômito do animal, pois a prática poderá agravar o quadro ou até mesmo gerar lesões no estômago e esôfago do animal. O pet deverá ser levado ao veterinário imediatamente, se possível junto com a informação do que causou a intoxicação.

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