A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prendeu, em Curitiba/PR, duas mulheres acusadas de matar um perito aposentado da Polícia Civil, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e viajar para o Sul do país com o dinheiro da vítima.
Mayra Ribeiro, de 27 anos, que se autoproclamava "marginal influencer" nas redes sociais, e Elisangela Abas, de 29, se conheceram enquanto estavam presas, em 2019. Segundo as investigações, as duas e mais uma terceira pessoa criaram uma emboscada para o perito que foi assassinado enquanto dormia, na casa dele. Mayra teve um relacionamento com Ricardo Girardi Araújo e tem uma filha com o perito aposentado.
Segundo as investigações, Mayra estava na residência da vítima no dia 14 de fevereiro. No local, ela recebeu Elisangela e mais um homem. Enquanto a vítima dormia, Mayra pegou uma arma e efetuou um disparo na cabeça de Girardi. O corpo dele foi encontrado somente no dia 18 e o ferimento só foi confirmado por meio de laudo cadavérico, tendo em vista o avançado estado de putrefação do cadáver quando foi encontrado.
A ação do trio foi flagrada por câmeras de segurança da residência.
De acordo com a DHBF, o trio fugiu após o crime e subtraiu a arma da vítima, bens pessoais e dois veículos, um deles abandonado na beira da Rodovia Presidente Dutra. A perícia da DHBF encontrou no veículo digitais das investigadas.
Mayra e Elisangela passaram a ser monitoradas pela polícia. No dia 19, elas fugiram em um ônibus para São Paulo. Depois, seguiram para Foz do Iguaçu, onde permaneceram alguns dias, realizando diversos passeios turísticos postados nas redes sociais, bancados com o dinheiro subtraído da vítima.
As fotos da viagem, estilo férias, foram postadas nas redes sociais, onde Mayra se descrevia como "marginal influencer, ex-detenta".
A prisão temporária das duas foi decretada e equipes da DHBF se deslocaram para a cidade de Curitiba, onde ambas foram presas em um apartamento alugado. Elas estavam de posse da arma de fogo utilizada no crime, motivo pelo qual foram conduzidas para a Delegacia de Polícia Civil local, onde ocorreu a lavratura do auto de prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, assim como foi efetivado o cumprimento das prisões temporárias.
Mayra e Elisangela ao serem presas. Foto: Divulgação Polícia Civil
Histórico
Mayra e Elisangela estiveram presas juntas entre em 2019 e 2020 por crimes de roubo e tentativa de homicídio, respectivamente.
As duas foram soltas no final do ano passado e retornaram para a prisão no início deste ano, presas em flagrante delito por furto de uma motocicleta. Elisangela foi solta no dia seguinte a sua prisão na audiência de custódia e Mayra permaneceu presa até o dia 5 de fevereiro. O crime contra o perito foi cometido uma semana após ela deixar a cadeia.