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Série online apresenta histórias de mulheres que se reinventaram em meio à pandemia

Elas transformaram a crise econômica em oportunidades profissionais

Por Portal Eu, Rio! em 02/04/2021 às 07:00:00

Foto: Divulgação

A pandemia acabou com seus negócios e elas deram uma guinada na carreira. Catorze mulheres mudaram totalmente o rumo de suas vidas e de seus negócios com o empreendedorismo num dos momentos mais difíceis da humanidade. Elas darão dicas para quem quer abrir um negócio numa jornada on line que acontece de domingo (04) a sexta-feira (09) no Youtube, sempre às 20h.

Em meio a tantas notícias negativas no campo da economia, como falências e desemprego, a I Jornada Empreendedoras na Quarentena, trará histórias de mulheres que enfrentaram a crise e conseguiram mudar de vida com o empreendedorismo durante a quarentena. Durante a jornada, consultores estarão online para tirar dúvidas de quem quer abrir um negócio ou se reinventar.

A série, idealizada pela jornalista e empreendedora cultural Aline Veroneze, mostra como as entrevistadas driblaram o medo, a angústia e a incerteza para empreender num dos momentos mais desafiadores da contemporaneidade. Ao todo, o público terá acesso a 14 entrevistadas e duas consultoras de carreira

“O empreendedorismo muda a situação financeira das famílias, mas muda, sobretudo, a forma como essas mulheres veem a si mesmas e como as pessoas ao redor as encaram também. Acompanhar essas trajetórias empodera, inclusive a quem assiste. Contando sobre estas profissionais de diferentes áreas de atuação que viram na crise uma oportunidade, queremos ajudar outras mulheres a conquistarem seus objetivos e mudarem de vida”, conta Veroneze.

Empreendedorismo feminino cresce na pandemia

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), feita em agosto de 2020, revelou que as empreendedoras brasileiras foram mais ágeis e eficientes ao implementar inovações em seus negócios durante o período da pandemia, em comparação com os homens.

De acordo com o levantamento, a maioria das mulheres (71%), faz uso das redes sociais, aplicativos ou internet para vender seus produtos. Já o percentual de homens que utilizam essas ferramentas é bem menor: 63%. Essa vantagem das mulheres diante dos empresários também foi verificada no uso do delivery e nas mudanças desenvolvidas em bens e serviços.

Para o Sebrae, esse fenômeno pode ser explicado – em grande parte – em razão do nível de escolaridade das mulheres empreendedoras: 63% delas têm nível superior incompleto ou mais, contra 55% dos homens, nos mesmos níveis de escolaridade.

Outra possível explicação pode estar no fato do percentual de mulheres jovens empreendendo ser maior do que o do sexo masculino (24% delas têm até 35 anos contra 18% deles).

“Claro que também ficou mais puxado para as mulheres porque há uma sobrecarga com os cuidados com os filhos e com a casa. Temos na jornada quem perdeu o marido e ficou confinada com os filhos e sem emprego, temos quem não escutava e viu nas máscaras mais uma dificuldade, temos quem mudou totalmente de área e quem finalmente decidiu empreender porque enxergou a crise como oportunidade. As mulheres estão remando contra a maré e mudando suas realidades, apesar de todos os pesares e precisamos mostrar isso, fazer uma agenda mais positiva', destaca Veroneze.

Para participar, basta se inscrever no Canal do Youtube www.youtube.com/EmpreendedorasNaQuarentena. A Jornada Empreendedoras na Quarentena é gratuita e acontece entre os dias 04 e 09 de abril, sempre às 20h.

Mulheres de diferentes áreas e realidades

A Jornada Empreendedoras na Quarentena traz histórias de mulheres de formações e realidades. Algumas são mães, outras negras e periféricas, outras mudaram totalmente de carreira. Conheça as histórias:

- De aeromoça a dona do estúdio de estética: "Fui demitida na pandemia, após 10 anos trabalhando como comissária. Me vi perdida, eu achava que não sabia fazer nada. Eu só sabia voar." A Bruna Sixel transformou a insegurança em determinação e o dinheiro da rescisão no Estúdio BSX @Studio.BSX

- De professora a vendedora afiliada: "Trabalho com educação infantil e quando fui demitida não tinha como procurar emprego com as escolas fechadas. Fiquei sem nenhuma fonte de renda e sem perspectiva. Me cadastrei em uma plataforma e agora sou vendedora afiliada. Consigo ganhar dinheiro sem sair de casa, só usando um celular.". Com a sua área de atuação totalmente parada, Clarissa Fernandes se reinventou e criou uma possibilidade de lucrar sem precisar investir nada. Conheçam a @ClarissaStore2020

- De enfermeira a consultora acadêmica: "Eu quero impactar vidas e tornar as pessoas grandes. A mesma dificuldade que eu tive pra fazer os meus projetos de mestrado e doutorado e que eu superei, eu quero ajudar muitas pessoas a conseguirem também".

Fabiana Pereira tem perda auditiva bilateral severa e, com a pandemia e a necessidade do uso de máscaras, foi impactada em seu trabalho como enfermeira e precisou ser transferida para a área administrativa. Mas ela não se abateu e buscou soluções para poder continuar ajudando as pessoas. Com a consultoria acadêmica (@tcc_escritacientifica), ela conseguiu aumentar significativamente a sua renda e autoestima.

- De administradora a confeiteira: "Eu estava desempregada e pensei em fazer panetones para conseguir ganhar algum dinheiro. Aprendi a receita através de um vídeo no Youtube e neste primeiro mês ganhei três vezes o valor do meu antigo salário. Não foi difícil empreender, porque antes eu não era feliz."

Vanusa Campos é formada em Administração e atuava na área, mas não se sentia realizada com a profissão. Com o desemprego e a necessidade de ajudar a pagar as contas em casa, ela resolveu empreender. Hoje, poucos meses depois, fazer doces não é só a fonte de renda dela, mas sim a realização pessoal e profissional. A @meladoamargo nasceu na pandemia e veio para ficar e adoçar a vida de muitas pessoas.

- De funcionária a dona de ateliê de arquitetura: "A empresa nasceu do desafio que meu irmão me fez. Eu botei despretensiosamente o vídeo da reforma que eu fiz do quarto dele nas nossas redes sociais e viralizou."

Júlia Tápias começou a empresa quase por acaso. Ela teve solicitações de orçamentos do seu trabalho antes mesmo de se lançar no mercado. A arquiteta recém-formada agarrou a oportunidade, criou a sua marca e logo viu que precisava de uma rede de apoio para crescer. Uniu forças com outro arquiteto da família, procurou pequenas empresas para prestarem serviço e montou o @astral.atelie.

- De cirurgiã auxiliar a dona de um consultório: “Sofri um acidente grave e quando voltei a trabalhar, tudo fechou. Aquilo mexeu muito com a minha cabeça. Eu sempre prestei serviço, não precisava investir em material e estrutura, isso me deu medo, mas tive de ter coragem para transformar minha profissão em um negócio."

Anna Luiza Stofeles é médica e estava tentando reestruturar a vida profissional quando a quarentena começou. Empreender para ela foi uma necessidade financeira e também para a sua saúde emocional. A @draannastofeles fez uma consultoria financeira e foi incentivada a exercer e remunerar o que a sua a formação já permitia. Ela já passou a usar as suas redes sociais para divulgar o seu trabalho e conseguiu visibilidade, a procura de pacientes aumentou e ela abriu um consultório para fazer procedimentos estéticos.

- De cozinheira em casa de família a dona de um buffet: "Fui demitida depois de 4 anos trabalhando em uma casa de família e queria investir o dinheiro da rescisão em um espaço para cozinhar, mas com tudo fechado por conta da pandemia, eu não pude. Fiquei com medo do dinheiro acabar e de não conseguir abrir nada. Comecei a cozinhar em casa e, mesmo sem estrutura, deu certo. Durmo e acordo pensando em ser empresária. Sempre quis isso. Amo o que eu faço, cozinhar para mim é vida, cozinhar é amor."

Com as vendas de seus quitutes, Cátia Braga conseguiu, ao lado do marido, manter todas as contas em dia. Ela enfrentou muitas dificuldades para levar adiante o seu sonho de se tornar uma empresária. Mas com toda essa determinação e talento alguém duvida que ela vai conseguir?

- De prestadora de serviço a dona de um consultório odontológico: "Sou dentista, presto serviço essencial, mas não podia trabalhar porque dependia de outras pessoas. A clínica onde eu atuava simplesmente não abriu. Então decidi não trabalhar mais para ninguém. Parecia louca. Enquanto todo mundo fechava, eu abri o meu primeiro negócio".

Thayane Vieira aproveitou a oportunidade em que outros profissionais estavam vendendo seus equipamentos mais baratos e de os aluguéis também terem diminuído de preço e empreendeu. Ela precisou encarar a burocracia, a rotina de cadastro com os planos de saúde e aprender sozinha muita coisa nova para realizar seu sonho.

- De criadora de conteúdo a empresária de marketing digital: "Com a pandemia, todos os meus contratos sumiram. Eu me vi sem dinheiro, mas com tempo. Resolvi tirar um projeto antigo do papel de ensinar as pessoas a crescerem no Instagram. Com 2 meses trabalhando nisso lancei o meu 1° curso e vendi 13 unidades. Me capacitei e comecei mais uma empresa para o lançamento de cursos de outras mulheres. Provavelmente, se não fosse a quarentena eu não teria empreendido."

Marina Molina transformou o tempo livre no @aprendendocommarina, um negócio de sucesso não só para ela como também para suas sócias e clientes. Ela tem o objetivo de expandir seus empreendimentos e contratar mães, já que estas não são desejadas pelo mercado de trabalho.

- De assistente comercial a dona de uma marca de peças de crochê: "Depois de um imprevisto pessoal muito grande, fui demitida da empresa que trabalhei por muitos anos e resolvi dedicar um tempo para os meus filhos. Mas veio a quarentena e me vi trancada em casa com duas crianças, precisei buscar uma alternativa de algo que desse algum dinheiro e prazer para me ajudar a não surtar com aquela situação. Foi quando vi uma bolsa de crochê de fio de malha e me encantei”.

Nadyr Almeida é formada em Design de Moda, mas começou a sua marca de forma despretensiosa. O crochê entrou na sua vida na pandemia como uma válvula de escape, depois dela perder o marido e se ver confinada com as crianças e sem emprego. Com o crochê, ela encontrou a motivação e realização para seguir em frente. A @fio_handemade já tem planos de consolidação e expansão e a gente tem certeza que vocês ainda vão ouvir falar muito desse empreendimento que surgiu na quarentena.

- De consultora de imagem e estilo a dona consultoria corporativa. "Minha vida estava bem tranquila. Trabalhava como consultora de imagem, atendendo na casa das minhas clientes ou na minha casa. Percebi que ainda me faltava alguma coisa. Pouco antes da pandemia, fiz um curso de consultoria corporativa e me encantei. Com a instituição do home office, as pessoas passaram a se ver por mais tempo refletidas em uma tela, fazendo com que muita gente começasse a se preocupar com a imagem”.

Bia Vinciprova empreendeu aos "47 do segundo tempo" e está transformando a sua histo?ria. Uma das suas maiores motivações é mostrar pra filha que uma mulher determinada pode ser mais forte e ir mais longe do que ela pode imaginar.

- De assessora de imprensa a idealizadora de uma plataforma de fomento ao empreendedorismo periférico. "Antes da pandemia, a minha agência estava começando a crescer, mas com a quarentena tudo parou e chegamos a ficar sem condições básicas para nos mantermos. O que me gerou renda por 4 anos, não gerou por 6 meses em 2020. Então me reinventei. No meio da pandemia, percebi que tinham muitos negócios dentro de favelas com dificuldade de conseguir clientes. Então, decidi dar curso de comunicação digital para pequenos empreendedores que não sabiam como atuar no ambiente digital e que precisavam vender através da Internet e se adaptar ao delivery. Nascia aí o embrião do Periféricos, a nossa plataforma de empreendedorismo periférico".

Tássia di Carvalho não só resolveu o seu problema da falta de clientes, como também conseguiu ajudar muitas pessoas com o @periferico.co a se adaptar para conseguirem continuar trabalhando.

- De empresárias do ramo de decoração e buffet infantis a sócias em empresa de caixas criativas personalizáveis:

"Quando chegou a pandemia, os eventos pararam. Alguns foram adiados para serem reagendados porque as pessoas acham que a quarentena duraria pouco tempo. Quando todos viram que não tinha prazo pra acabar, eles começaram a ser cancelados e as pessoas passaram a pedir o dinheiro de volta. Em maio, a gente se encontrou e na conversa surgiu a ideia de tentar fazer um produto para vender no dia dos namorados.

Achamos que as cestas estavam muito comuns e decidimos fazer uma caixa. Nasceu assim a nossa primeira caixa, depois expandimos para outros modelos e hoje trabalhamos com infinitas possibilidades de acordo com o gosto e o bolso do cliente."

Daniela Meliande e Alice Pimentel uniram a experiência de decoração e alimentação e aproveitaram a oportunidade para lançarem juntas a @boxetc, um produto diferenciado que encantou clientes e amigos.

A jornada é embalada ao som de Lilith, música inédita, de autoria de Ikky e executada pela Paris Produções

O projeto foi executado graças ao Programa de Retomada Cultural. Empreendedoras na Quarentena foi aprovado em 1. lugar na Região Metropolitana pela Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro pelo Edital Retomada Cultura Lei Aldir Blanc.

Serviço:

O que: Jornada Empreendedoras na Quarentena gratuita

Quando: de 04 (domingo) a 09 de abril (sexta), sempre às 20h no Youtube.

Como participar: inscreva-se no canal do youtube.

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