O corpo do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, seguiu em cortejo pelas ruas do centro da capital paulista após ter sido velado, neste domingo (16/5), na sede da prefeitura, no Viaduto do Chá. Parentes seguiram de carro o caminhão do Corpo de Bombeiros e apoiadores e simpatizantes acompanharam a passagem pelas vias da cidade. Um grupo maior ficou concentrado na Avenida Paulista.
Covas morreu às 8h20 deste domingo (16/5), aos 41 anos, em decorrência do câncer da transição esôfago-gástrica e de complicações do tratamento. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês. O vice-prefeito Ricardo Nunes assume definitivamente o cargo.
O velório, no hall do Edifício na sede da prefeitura, foi restrito a familiares e a um grupo pequeno de amigos. A missa de corpo presente foi celebrada pelo padre Rosalvino, da Obra Social Dom Bosco. A cerimônia, no hall monumental do prédio, foi acompanhada por Ricardo Nunes e pelo governador João Doria.
O enterro será no Cemitério do Paquetá, em Santos, cidade natal de Covas, em cerimônia também restrita à família. No Paquetá também está sepultado Mário Covas, ex-prefeito da capital paulista e ex-governador do estado, avô de Bruno e, morto, como o neto, em decorrência de um câncer.
Bruno filiou-se ao PSDB aos 17 anos e começou como deputado estadual em 2006. Foto: Arquivo Pessoal
Filho de Pedro Lopes e Renata Covas Lopes e pai do jovem Tomás Covas, Bruno nasceu em Santos, no litoral paulista, no dia 7 de abril de 1980, e foi advogado, economista e político brasileiro. Mudou-se para a capital paulista em 1995 e, dois anos depois, filiou-se ao PSDB, seguindo os passos do avô, o ex-governador Mário Covas (1930-2001), sua grande inspiração e influência política . No partido, chegou a ser presidente estadual e nacional da Juventude do PSDB e ocupou cargos na Executiva Estadual.
Sua carreira em eleições começou em 2004, quando se candidatou a vice-prefeito de sua cidade natal, Santos. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo e reeleito para o mesmo cargo e m 2010, com mais de 239 mil votos, sendo o mais votado daquele ano.
No ano seguinte, assumiu a Secretaria Estadual do Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin, permanecendo no cargo até 2014, quando foi eleito deputado federal para o mandato 2015-2019.
Em 2016, candidatou-se a vice-prefeito de São Paulo na chapa de João Doria e eleito, e renunciou ao mandato de deputado federal. Dois anos depois, assumiu a prefeitura após a renúncia de João Doria, que deixou o cargo para concorrer ao governo paulista. Em sua gestão, teve que enfrentar a pandemia do novo coronavírus, que chegou a São Paulo em fevereiro de 2020. No final do ano, foi reeleito, derrotando no segundo turno Guilherme Boulos, do PSOL.
Agência Brasil