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Operação Pneu de Ferro prende cinco pessoas por tráfico de armamento

Ministério Público e Polícia Federal exercem mandados de prisão, busca e apreensão contra organização criminosa no Brasil e nos EUA

Por Portal Eu, Rio! em 01/06/2021 às 21:18:06

Carregadores de pistolas e fuzis eram trazidos ao Brasil escondidos em pneus e aparelhos eletrônicos, com destino a facções criminosas do Rio e de São Paulo, as mais poderosas do País. Foto: Ascom MPF

Pelo menos cinco pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para combater o tráfico internacional e interestadual de armas de fogo. De acordo com as investigações, os armamentos e também munições e acessórios eram enviados dos Estados Unidos para abastecer facções criminosas com atuação em diversas cidades do país. Quatro suspeitos foram detidos na cidade de São Paulo e outro na cidade americana de Orlando, de acordo com a Polícia Federal.

O MPF, por sua vez, informou em nota oficial que também nesta terça-feira (1º/6) foram presos nos EUA, pela polícia aduaneira norte-americana (ICE), dois cidadãos brasileiros residentes na Flórida, nos Estados Unidos, que fazem parte da organização criminosa desbaratada pelas autoridades brasileiras, o que elevaria para seis o total de detidos. Para dar continuidade às investigações e efetuar a prisão em solo americano, as autoridades brasileiras contaram com a colaboração da Receita Federal e da Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Nacional sobre os mandados de prisão e de busca e apreensão, no âmbito da Operação Pneu de Ferro, de combate ao tráfico de armas.

Os trabalhos estão sendo coordenados pela Polícia Federal do Rio de Janeiro porque as investigações começaram em 2019, após a apreensão de 21 carregadores de fuzis AK-47 no Aeroporto Internacional Tom Jobim, mais conhecido como Aeroporto do Galeão, que fica na capital fluminense. Os traficantes esconderam o material dentro de pneus de carro. Por isso a operação de hoje foi batizada de Pneu de Ferro no Brasil e Iron Tire nos EUA, onde as armas eram adquiridas legalmente e contrabandeadas.


A investigação teve início em 2019, quando foram apreendidos, pela Receita Federal, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, diversos carregadores de fuzil escondidos dentro de um pneu, que havia sido importado dos Estados Unidos. Com o aprofundamento das diligências, chegou-se à conclusão de que havia uma complexa organização criminosa por trás dessa remessa, que enviava constantemente para o Brasil partes de armas de fogo para serem montadas e revendidas clandestinamente.

O Ministério Público Federal (MPF) obteve, junto à 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, autorização para que a Polícia Federal deflagrasse, na manhã desta terça-feira (1º), a Operação Pneu de Ferro, que resultou na prisão de pessoas ligadas ao tráfico internacional de armas de fogo. Além dos mandados de prisão, também foram expedidos sete mandados de busca e apreensão cumpridos nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Com um dos alvos na capital paulista, os agentes encontraram e apreenderam um veículo Porsche Panamera, avaliado em mais de R$ 700 mil.

Essa foi a primeira operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no Rio de Janeiro. O novo grupo de trabalho agora ampliou as suas atribuições e não ficará mais restrito às investigações de crimes de corrupção e colarinho branco, passando a atuar também no combate a organizações criminosas que se dedicam ao tráfico internacional de entorpecentes e de armas de fogo, contrabando de cigarros, dentre outros.

No âmbito do Ministério Público Federal (MPF), os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) são grupos operacionais com a função de identificar, prevenir e reprimir o crime organizado, auxiliando membros da instituição no combate à criminalidade organizada em âmbito nacional, pela realização de investigações criminais em conjunto com a polícia judiciária ou por meio de procedimento próprio, com prioridade à integração, parceria, mútua cooperação, compartilhamento de informações, e, quando necessário, atuação conjunta em âmbito regional e nacional, conforme o caso.

Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Polícia Federal, Ministério Público Federal e Rádio Nacional

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