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Moradores da Vila São Jorge fazem manifestação em frente à prefeitura

Eles reivindicam o aluguel social prometido pelo prefeito

Por Gabriel Gontijo, Leo Pimenta, Caroline Carvalho em 25/06/2018 às 13:07:16

Manifestantes desejam falar com prefeito sobre habitação (Fotos: Gabriel Gontijo)

Cerca de 30 pessoas ocupam duas faixas do ponto de ônibus da Cidade Nova em frente à Prefeitura. Com madeirites escritos em carvão, eles reivindicam a moradia prometida pelo prefeito Marcelo Crivella. Eles são moradores da Vila São Jorge, na Rua São Luiz Gonzaga, 600, desapropriado por determinação judicial. O terreno pertence a um banco chinês.

De acordo com os manifestantes, a Prefeitura não cumpriu o acordo de os cadastrarem para receber o aluguel social e, sem ter para onde ir, estão acampados há dias em frente à Prefeitura, na esperança de que consigam a atenção do Prefeito.

Segundo uma das manifestantes, a dona de casa Aline, a promessa do prefeito era de dar casas aos moradores da ocupação, mas isso não foi cumprido e desde então as famílias estão buscando soluções.


(Foto: Leo Pimenta)

"(O prefeito) Crivella prometeu que ia cumprir(dar aluguel social), botaram a gente pra fora e o povo não tem pra onde ir. Estamos há duas semanas sem resposta. Já subimos pra dialogar com subsecretária de habitação, que disse pra gente que 'quem tem casa de parente vai pra lá morar, o que podemos fazer é mandar para um abrigo', mas o abrigo que nos mandaram tinham tuberculosos e outros doentes, e estamos com crianças. Então preferimos ficar aqui e esperar que o prefeito, como homem de Deus que ele diz ser, cumpra o que nos prometeu", reivindicou Aline.

Em nota a Secretaria de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação afirmou que este terreno na Rua São Luiz Gonzaga, em São Cristóvão foi invadido há cerca de dois anos e justiça determinou a reintegração de posse ao proprietário. Para não deixar os moradores desamparados, a subsecretaria de Habitação fez um trabalho de cadastramento das famílias que viviam lá, com ajuda da própria associação de moradores do Tuiuti. Esse trabalho foi iniciado em abril. São 70 famílias, que cadastradas previamente, receberão o auxílio de Aluguel Social e até serem reassentadas pelo Minha Casa Minha Vida. A questão é que, quando souberam do cadastramento dos moradores, pessoas que não viviam lá apareceram para tentar ganhar o benefício. A desocupação das casas também não foi total e a secretaria só vai pagar o auxílio quando todos os imóveis na área invadida estiverem vazios como determinou a justiça.

No meio desse impasse ficam famílias inteiras expostas à situações de risco. O servente de obras Rodrigo Gonçalves de Brito afirmou que estão sendo confundidos com assaltantes e passando dificuldades. 

"Tudo o que queremos é um lugar para por nossas famílias, que foi o que o Prefeito prometeu. Todo dia acontece assalto, ladrões ficam correndo, pode ter tiroteio e nossos familiares no meio. Já teve um rapaz aqui que teve que ir pra delegacia", disse Rodrigo.

Ainda não há solução para o impasse. A Prefeitura ainda afirmou que ofereceu abrigamento para os manifestantes mas eles se recusaram a sair do local.
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