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Polícia Federal prende três investigados por invasão ao site do Supremo

Investigações apontaram endereços de hackers, que tiraram do ar site do STF e suspenderam prazos processuais por dois dias


PF, sediada em Brasília, coordenou operação em cinco cidades de três estados diferentes, para mandados de prisão, busca e apreensão. Foto: Agência Brasil

Três pessoas foram presas nesta terça-feira (8/6), pela Polícia Federal, suspeitas de tentativa de invasão ao site do Supremo Tribunal Federal no mês passado. A Polícia Federal deflagrou, nesta terça (8/6), a Operação "LEET" para desarticular organização criminosa envolvida em ataques cibernéticos ao Supremo Tribunal Federal. Estão sendo cumpridos três mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Itumbiara/GO, Bragança Paulista/SP, Belém do São Francisco/PE, Jaboatão dos Guararapes/PE e Olinda/PE.

As investigações tiveram início após a identificação, por parte da equipe de tecnologia da informação do STF, de uma série de condutas suspeitas que indicavam que o sítio eletrônico da Suprema Corte estaria sob um ataque hacker, no dia 03/05/2021. Os envolvidos podem vir a responder por crime de invasão de dispositivo informático, previsto no Artigo 154-A do Código Penal, cuja pena vai de um a quatro anos de reclusão, além de multa. No curso do Inquérito Policial foram identificados os endereços de onde partiram os ataques, bem como as pessoas que, de forma sistemática e organizada, praticaram os crimes ora apurados.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Nacional sobre a Operação LEET, que buscou desarticular a quadrilha responsável pela invasão do site do Supremo Tribunal Federal.

Em 3 de maio, técnicos do Supremo identificaram atividades suspeitas no portal do tribunal e derrubaram os sistemas da Corte, incluindo o site oficial, que ficou diversos dias fora do ar. Com isso, uma série de serviços, incluindo o acompanhamento de andamentos processuais, ficaram inacessíveis, o que levou a uma suspensão de prazos processuais por 48 horas.

À época, o STF divulgou nota afirmando ter identificado “acessos fora do padrão” a seus sistemas, mas não confirmou tratar-se de um ataque. Uma investigação sigilosa foi então conduzida pela PF, que agora disse, em nota, ter identificado a prática de crimes cibernéticos.

“No curso do inquérito policial foram identificados os endereços de onde partiram os ataques, bem como as pessoas que, de forma sistemática e organizada, praticaram os crimes ora apurados”, diz texto divulgado pela PF. O órgão acrescentou que, com as provas eventualmente colhidas nesta terça-feira (8), “busca-se identificar demais partícipes e circunstâncias dos atos criminosos”.

O termo Leet, que dá nome à operação, se refere a uma forma de comunicação pela internet que utiliza símbolos para substituir letras e que, com o uso, tonou-se uma espécie de dialeto online. Esse tipo de linguagem costuma ser utilizada por diferentes grupos, incluindo hackers. Uma das teorias é de que essa linguagem tenha surgido para driblar filtros de texto em fóruns online.

Também conhecido como eleet ou leetspeak, o Leet é uma alternativa ao alfabeto inicialmente usado para o idioma inglês, empregado principalmente na internet. Se utiliza de várias combinações de caracteres ASCII para substituir letras do alfabeto latino. É usado como um adjetivo para descrever proeza formidável ou realização, especialmente nas áreas de jogos on-line e em sua forma original, usada por hackers de computador.


Polícia Federal, Agência Brasil e Radioagência Nacional

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