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Bolsonaro apela a empresários para segurar preço da comida

Injeção de recursos na economia gera inflação, daí urgência do apelo, segundo filho senador, após reunião no Rio

Por Portal Eu, Rio! em 17/06/2021 às 23:26:23

Ao lado do intérprete de Libras, Bolsonaro falou em expectativas favoráveis, mas pediu ajuda para deter alta de preços dos alimentos aos supermercadistas, em encontro no Rio. Foto: Ascom PR

O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo a empresários para segurarem o preço dos alimentos. O pedido ocorreu durante encontro com diversos setores econômicos do estado do Rio, nesta quinta-feira (17). A reunião foi restrita e não pôde ser acompanhada pela imprensa. O relato sobre a fala presidencial foi feito pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), em coletiva após a reunião. Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom), em linha com o Banco Central, elevara em meio ponto percentual a taxa de juros básica da economia, a Selic, para 4,5%.

“Ele passou a mensagem de expectativas boas para o futuro. Fez um apelo ao setor, porque, obviamente, em função dessa grande injeção de recursos na economia, há uma tendência, em todo o mundo, de se aumentar a inflação. Em especial sobre itens de primeira necessidade. Daí fez menção ao setor supermercadista, onde está o arroz, o feijão, o ovo”, disse o senador.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Nacional sobre o encontro do presidente Bolsonaro com o movimento Rio Produtivo, integrado por onze das maiores associações empresariais do Estado, que pediram manutenção do auxílio emergencial e aceleração da compra e distribuição de vacinas.

Segundo Flávio Bolsonaro, que falou ao lado do presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro, Fábio Queiroz, o presidente Bolsonaro reconheceu o sacrifício que os supermercadistas já fazem.

“Dentro dessa cadeia produtiva, obviamente, não são os supermercadistas os responsáveis pela alta dos preços. Ele [Bolsonaro] fez esse apelo, se for possível, de reduzir ainda mais, se houver espaço, a margem de lucro. A gente compreende que é uma equação difícil de fechar. Temos que sustentar aqueles que não têm condições, e precisam ter o que comer em suas casas. Em função do aumento da procura, a consequência natural é a elevação dos preços. Ele [o presidente Bolsonaro] demonstrou uma preocupação específica em relação à inflação dos produtos da cesta básica”, relatou o senador.

Supermercadista admite tarefa de deter alta, mas alerta que dólar alto atrai produtor

O presidente da associação dos supermercadistas reconheceu que o setor tem responsabilidade, conjunta com o governo, em segurar os preços. Mas lembrou que o câmbio, que enfraquece o real e fortalece o dólar, acaba fazendo os produtores se interessarem mais pela venda ao mercado externo.

“A alta do dólar é um convite muito grande à exportação e isso dá escassez de mercadoria no mercado interno, o que pressiona a inflação. Temos, todos nós, da cadeia produtiva e do abastecimento, junto com o governo, responsabilidade em segurar os preços”, disse Queiroz.

Os empresários, reunidos em torno do movimento Rio Produtivo, formado por 11 entidades econômicas do estado, apresentaram ao presidente Bolsonaro uma carta com propostas. Entre essas, estão a manutenção do auxílio emergencial à população e às empresas; a aceleração da vacinação para a retomada mais rápida da economia, e investimentos em obras de infraestrutura como rodovias e integração viária dos aeroportos do estado.



Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil e Radioagência Nacional

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