Abrir um negócio próprio continua sendo o sonho de muitos brasileiros, que buscam no empreendedorismo uma oportunidade para recomeçar a vida profissional, mesmo diante da pandemia da Covid-19. Um levantamento realizado no início de 2021, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostrou que 7 entre cada 10 empresas vendem seus produtos ou serviços pela internet. Diante desse cenário promissor para o e-commerce, o especialista e apresentador do multicanal de tecnologia e negócios WorkStars, Elvis Gomes, separou cinco dicas práticas pra quem deseja empreender na internet, mas não sabe por onde começar.
Abrir um negócio próprio continua sendo o sonho de muitos brasileiros, que buscam no empreendedorismo uma oportunidade para recomeçar a vida profissional, mesmo diante da pandemia da Covid-19. Um levantamento realizado no início de 2021, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostrou que 7 entre cada 10 empresas vendem seus produtos ou serviços pela internet. Diante desse cenário promissor para o e-commerce, o especialista e apresentador do multicanal de tecnologia e negócios WorkStars, Elvis Gomes, separou cinco dicas práticas pra quem deseja empreender na internet, mas não sabe por onde começar.
Antes de decidir o que vender online, você precisa entender os diferentes modelos de negócios disponíveis. Nem toda loja virtual funciona exatamente da mesma maneira. Existem diferentes tipos de operações de e-commerce que são definidos de algumas maneiras. A definição do modelo de negócios depende de quem compra e de quem vende, enquanto o tipo de loja virtual é baseado em como os produtos são comprados e vendidos.
Veja os modelos:
E-commerce B2C (Business-to-Consumer)
O comércio eletrônico B2C envolve um cliente que compra de uma empresa e é um dos modelos de negócios de comércio eletrônico mais comuns. Qualquer loja online onde um indivíduo pode navegar e comprar produtos de uma empresa está usando o modelo B2C.
E-commerce B2B (Business-to-Business)
As transações de comércio eletrônico B2B ocorrem entre empresas, nas quais uma empresa vende produtos ou serviços para outra. Isso inclui o relacionamento entre varejistas, atacadistas e fabricantes. As empresas que fornecem suprimentos para outras empresas (como materiais de escritório) também estão vendendo B2B.
E-commerce C2C (Consumidor para Consumidor)
E-commerce C2C são clientes que vendem uns aos outros, como por meio de leilões ou classificados. Este também é um dos primeiros e mais amplamente utilizados modelos de negócios.
E-commerce C2B (Consumer-to-Business)
As transações C2B envolvem um consumidor que vende produtos ou serviços para empresas. Isso pode incluir influenciadores de mídia social, financiamento coletivo, marketing de afiliados e mercados online nos quais os clientes disponibilizam seus próprios produtos para empresas (como serviços de redação e edição ou fotografia e vídeo de arquivo).
Saiba mais sobre o passo-a-passo:
Planejamento
O primeiro e mais importante passo de todo empreendedor é o planejamento. É nele que todas as ideias de negócio começam a criar forma e a se tornar uma realidade. Com datas e cronogramas a serem seguidos, deve conter os objetivos, o prazo para o desenvolvimento, a receita esperada e o faturamento da sua operação.
“Planejar é desenhar um histórico de tudo o que o empreendedor deseja realizar através desta loja, isso inclui como ele quer se posicionar no mercado”, esclarece Elvis.
Escolha de Produtos e Fornecedores
Definido o planejamento, é hora de responder qual é a persona (público-alvo) do e-commerce e se o produto vendido atende à necessidade desse consumidor. Assim, é possível responder questões fundamentais, como: qual é o seguimento, o mercado, o produto, o fornecedor, e o grande diferencial da loja: serviço, produto, qualidade ou preço.
Segundo Elvis Gomes, além disso, é preciso saber quais são os custos que o empreendedor terá desde a compra do produto até que ele chegue ao consumidor final. Isso inclui embalagens, envios, taxas e impostos. Somente desta maneira, é possível identificar o preço que deve ser praticado para evitar prejuízos.
Gestão Financeira
O aspecto mais importante de um negócio é o financeiro. Descubra seu ponto de equilíbrio, tanto em vendas unitárias quanto em duração (em meses). Qualquer negócio real é um investimento de recursos. O papel do gestor é pegar recursos e transformá-los em retorno.
Gestão de Inventário
Muitos empresários evitam a venda de produtos físicos online. Você não precisa armazenar produtos em sua garagem para vender online. Você pode utilizar centros de distribuição para lidar com o estoque. Existem empresas que armazenam seu estoque para você enquanto utiliza seu espaço de armazenamento para enviar produtos.
“O software de gerenciamento de estoque ajudará a manter seu negócio organizado, especialmente se você estiver lidando com um grande estoque de itens. Mas eu não o recomendaria para iniciantes. Mantenha a simplicidade ao começar. Encomende produtos do fabricante e envie-os diretamente para o centro de distribuição”, indica Elvis.
Certifique-se de estruturar a logística antes de construir sua loja. Mesmo se você estiver fazendo dropshipping (desarmazenamento, em tradução literal do inglês), precisará saber de onde está vindo seu estoque. E nenhuma loja virtual pode ter sucesso sem uma estratégia sólida.
Plataforma de E-commerce
O próximo passo é identificar qual a melhor plataforma de E-commerce, existem centenas. Literalmente. Escolher a plataforma de e-commerce certa não é fácil. Você precisa avaliar cuidadosamente coisas como velocidade de carregamento, recursos, compatibilidade com diferentes gateways de pagamento e com sua estrutura de negócios, integrações, recursos facilitados de SEO e muito mais.
Analise sempre: o menor custo de aquisição, a menor mensalidade, qual a plataforma de entrada, se irá atender a uma demanda de tráfego e se está integrada a todas as tecnologias e os fornecedores para fazer uma venda com segurança e velocidade. Essa escolha vai impactar diretamente a próxima decisão do empreendedor: o valor investido em marketing para levar esse tráfego até a loja.
Marketing Digital
Você usará conteúdo patrocinado, mídia social, anúncios PPC (pague-por-clique, em inglês) ou uma combinação de estratégias? Como você monitora quais campanhas estão direcionando tráfego para sua loja? Se o marketing do seu site parecer muito complicado, você contratará ajuda?
Sua loja virtual não é a única coisa para a qual você precisa direcionar tráfego. Os produtos que você escolher também precisam ser incluídos em seu orçamento de marketing. Sua missão é vender produtos, não direcionar tráfego. Para vender produtos, você tem que pensar além do seu site e buscar áreas de expansão. Não importa o que e como você decida vender, o primeiro passo é criar uma lista de e-mail. Coloque um brinde opcional em seu site, lance uma campanha de mídia social para ganhar assinantes ou inclua um brinde em que a 'taxa' de inscrição é o endereço de e-mail do seu cliente.
Conquistar o consumidor também é um desafio para as lojas online, por isso o investimento em Marketing Digital deve ser uma prioridade planejada anualmente. Todas as principais datas comemorativas relacionadas ao varejo precisam estar no calendário de reservas para divulgação da loja. Também é importante incluir nestes custos as mídias pagas, como Google Ads e Facebook Ads, e os canais de mídias sociais, que permitem divulgar produtos e, ao mesmo tempo, criar um relacionamento da marca com o consumidor.
Atendimento
Por último, e não menos importante, está a qualidade do atendimento. Seja o contato do consumidor via chat, WhatsApp ou mídias sociais, o empreendedor precisa se preparar para atender com excelência, dando suporte tanto no momento da compra como no pós-venda. Isso permitirá consolidar todo o trabalho administrativo, de marketing e de logística da empresa.
“O bom atendimento deve servir ao cliente de ponta a ponta, com excelência, paciência e muito profissionalismo para garantir sua fidelização”, conclui Elvis.
Fonte: AGA Comunicação