O mercado digital carioca não está restrito às startups, serviços de streamings e bancos digitais modernos. As inovações tecnológicas também abriram espaço para os artistas criativos, que começaram a fazer obras e trabalhos totalmente online. Uma ideia que está começando a render bons frutos financeiros e que, graças ao conceito de NFT, pode ser facilmente comercializada pela internet. É uma nova forma de valorização do trabalho de artistas.
Esse Non-Fungible Token, ou como falamos NFT, pode ser traduzido livremente para token não fungível. Esse conceito, que ficou mais popular recentemente, é uma forma de assinatura digital de algo totalmente online. Como explica a reportagem da revista GQ, é uma garantia de que aquele conteúdo feito é assinado como o original, e que não pode ser destruído ou danificado. Essa autenticação funciona no mesmo sistema das criptomoedas, o que garante uma enorme confiabilidade.
Todo esse conceito chamou a atenção de artistas do mundo inteiro, inclusive aqui no Rio de Janeiro. É o caso, por exemplo, da carioca Paula Klien, que é uma artista plástica de referência em arte contemporânea no Brasil. Em maio deste ano, ela realizou uma obra totalmente digital, em conjunto com o canadense Jeff Lemay, para vender em formato de NFT. A exposição digital aconteceu na Alemanha, e o evento marcou a primeira iniciativa de um artista brasileiro nesse mercado.
Entretanto, como mostra a reportagem do jornal O Globo, outros nomes da cidade estão seguindo a mesma ideia. É o caso também do programador, e artista digital, chamado Fesq. Com apenas 24 anos, ele tem conseguido fazer sucesso com a venda de obras em NFT, principalmente para europeus e norte-americanos, com valores que ultrapassam os R$ 20 mil. Ou seja, é um grande reconhecido e que garante ao artista uma oportunidade de sucesso nessa área.
O curioso desse novo mercado é que o NFT não está focado apenas em vender obras de artes digitais. Na verdade, qualquer tipo de produto ou ideia da internet pode ser comercializado atualmente. Um bom exemplo disso são os memes, como mostra o artigo publicado pelo time de roleta online da Betway. Nos últimos dois anos, esses conteúdos de humor ganharam uma forte valorização e foram comercializados por uma grande quantia de dinheiro.
Uma reportagem recente do site G1 mostra que o meme Doge, inspirado na imagem de um cachorro, foi vendido em junho deste ano por US$ 4 milhões em um leilão online. Foi a maior venda de NFT na época, e mostrou como existe um comércio ganhando força e que deve se transformar em uma tendência para o futuro. A expectativa é que outras vendas nesses valores, ou até maiores, voltem a acontecer.
Essa venda milionária não foi a única envolvendo memes. No artigo especial publicado pela Betway é possível relembrar algumas outras vendas que impressionam. É o caso, por exemplo, do meme Nyan Cat, que foi arrematado por US$ 590 mil. Foi uma venda importante, e que conseguiu valores melhores que o meme Bad Luck Brian, comercializado por “apenas” US$ 411 mil.
Todas essas notícias mostram o potencial do mercado online para diferentes produtos e criadores de conteúdo. Afinal, a criação de um meme também exige um processo que demanda tempo, e o alcance nas redes sociais é incalculável atualmente. Ou seja, é um caminho parecido com as obras digitais, que também estão ganhando um grande reconhecimento.
Os artistas do Rio de Janeiro, que é uma cidade com uma abundância de pessoas que trabalham no setor criativo, podem enxergar na internet uma oportunidade de sucesso na carreira. Alguns especialistas afirmam que as vendas em NFT podem igualar a importância de leilões tradicionais de arte, que costumam render milhões de dólares no mundo inteiro.