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Pacheco aguarda fim do prazo para analisar prorrogação da CPI da Pandemia

Ampliação por 90 dias da Comissão visa investigar novas denúncias, como as irregularidades nos contratos para compra da vacina indiana Covaxin e a oferta de propina

Por Portal Eu, Rio! em 29/06/2021 às 23:23:34

Randolfe reuniu 34 assinaturas, sete além do mínimo necessário para a prorrogação da CPI da Pandemia, mas Rodrigo Pacheco adiou exame para agosto. Foto: Agência Senado

Em resposta ao pedido de prorrogação da CPI da Pandemia, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a solicitação deve ser analisada ao final do prazo atual de funcionamento da CPI, quando serão levadas em conta “condições objetivas e subjetivas”. Essa comissão parlamentar de inquérito tem até o dia 7 de agosto para concluir seus trabalhos (caso não haja prorrogação).

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Pandemia, apresentou, durante a ordem do dia desta terça-feira (29/6), um requerimento para que as atividades dessa comissão sejam prorrogadas por mais 90 dias. O requerimento já somava, no mesmo dia, com 34 assinaturas, sete a mais do que o exigido para isso.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Senado sobre o requerimento para que o funcionamento da Comissão seja ampliado até novembro.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que a prorrogação é necessária para que a comissão possa investigar possíveis desvios de recursos públicos no processo de compra da vacina Covaxin. Mas o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), contesta essas acusações.

Para o relator, não se trata apenas da ampliação de prazo, mas da oportunidade de aprofundar as investigações sobre indícios de crimes graves. Os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE) e Izalci Lucas (PSDB-DF) também manifestaram seu apoio à ampliação do prazo de funcionamento da comissão.

— Precisamos de mais algum tempo. O pedido é por mais 90 dias, mas a expectativa que nós temos é que não vamos gastar esse tempo todo — afirmou Renan.

Renan negou que já exista uma definição sobre o funcionamento da CPI durante o recesso parlamentar, mas opinou pela continuidade dos trabalhos, já que “não é comum dar recesso a uma investigação”. Ele ainda defendeu a convocação do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que supostamente estaria por trás das pressões em torno da compra das vacinas Covaxin.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que a prorrogação, diante dos fatos levados à CPI nos últimos dias, é importante para que a investigação seja aprofundada. Ele citou, de forma específica, a compra das vacinas da Covaxin como um ponto que merece mais investigação.

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), a prorrogação da CPI é uma necessidade, principalmente diante dos indícios de corrupção e irregularidades nos processos de compra de vacinas e insumos. Segundo o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), a prorrogação da CPI é natural e importante, principalmente agora que a comissão começa “a chegar a estados e municípios”.

—Temos que apurar o que ocorreu nos outros estados, além do Amazonas. Temos requerimentos nesse sentido — destacou.

Questões locais dominaram depoimento de relator da CPI da Saúde do Amazonas

A CPI da Pandemia ouviu, nesta terça, o deputado estadual do Amazonas Fausto Júnior (MDB). Os senadores avaliaram que o foco ficou em questões locais. O senador Telmário Mota (Pros-RR) chegou a dizer que a CPI está perdendo seu foco. Ele disse que o depoimento do deputado Fausto Júnior e as manifestações de alguns senadores transformaram o dia da comissão em uma “disputa paroquial”, com foco no Amazonas.

Na mesma linha, o senador Izalci Lucas apontou que o foco foi nas questões locais do estado e da capital, Manaus. Ele afirmou, porém, que os desvios no Amazonas ocorreram também em outros estados. Segundo o senador Humberto Costa, o depoimento do deputado Fausto Júnior indica a aplicação inadequada dos recursos federais no estado. Ele ainda disse estranhar o fato de uma CPI da Assembleia Legislativa do Amazonas não ter indiciado o governador do estado, Wilson Lima, “no que parece ser um processo de blindagem”, avaliou.









Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Senado e Rádio Senado

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