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Benefício

Linhas de crédito do SuperaRJ garantem pequenos negócios

O programa também conta com o formato do auxílio emergencial para quem se encontra em situação de pobreza e perdeu o emprego


O programa é um benefício para o público que mais sofreu com os impactos provocados pela pandemia da Covid-19. Foto: Agência Brasil

Desde o último dia 28 de junho que Helder Cristiano de Carvalho se divide entre a Vila Cruzeiro, na Penha, e o Jacaré, bairros da Zona Norte da capital. A segunda filial da Spaghetteria Massas.com acaba de ser inaugurada e é fruto do investimento do microempresário, de 34 anos, um dos contemplados pela linha de crédito do SuperaRJ - por meio da Agência Estadual de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio). Com o financiamento de cerca de R$ 4 mil, Helder recuperou alguns equipamentos e conseguiu abrir a loja no Jacaré. Ambas trabalham no formato delivery e contam com a ajuda dos aplicativos de entrega rápida de refeições em domicílio.

- Além do conserto da geladeira, fiz algumas obras de adaptação na loja da Vila Cruzeiro. Com outra parte do dinheiro, adquiri um computador para a filial do Jacaré, o que faltava para abrir a loja. Meu projeto é deixar uma parte da verba para fluxo de caixa porque aprendi que é muito importante. A loja não pode ficar no zero – disse o empresário, de 34 anos.

O programa do Governo do Estado é um benefício para micro e pequenos empresários, microempreendedores individuais (MEIs), profissionais autônomos ou informais, público que mais sofreu com os impactos provocados pela pandemia da Covid-19. O SuperaRJ também conta com o formato do auxílio emergencial para pessoas que se encontram em situação de pobreza e extrema pobreza, além daquelas que perderam empregos.

- Perdi amigos e conhecidos para a Covid-19, mas, em termos financeiros, a pandemia deu uma ajuda ao meu negócio por trabalhar com entregas de comida. Eu soube aproveitar e tirar dela a parte boa – disse Helder, que emprega três pessoas na loja da Vila Cruzeiro, onde também mora.

Dono da Spaghetteria Massas.com, ele destacou a importância do projeto do governo:

- Muitos empreendedores, como eu, fecharam as portas porque não conseguiram sobreviver à pandemia. Um dos nossos entregadores, inclusive, tinha uma loja e não conseguiu mantê-la. O governo teve uma iniciativa legal porque ajudou e conheci pessoas que até cresceram nesse período. É um empurrão muito necessário – comentou.

Estoque renovado para as festas de fim de ano

Em Varre-Sai, no Noroeste do estado, o casal Edna e Josimar Vieira conseguiu reabrir a papelaria que administram após linha de crédito de R$ 8,6 mil obtida pelo SuperaRJ. O estabelecimento chegou a ficar fechado durante um mês, entre os meses de março e abril do ano passado.

- O fechamento foi bem ruim, mas o pior momento foi no início deste ano porque juntou as férias escolares com o movimento, já que vinha fraco desde 2020. Com essa verba, vamos comprar novas mercadorias para o estoque com foco no segundo semestre. Estamos com a expectativa de que as vendas comecem a melhorar a partir do Dia das Crianças – disse Josimar.

O comerciante soube do programa estadual pela televisão, e todos os documentos já estavam separados, só no aguardo do início das inscrições, no início do mês de junho.

- Eu tive uma experiência não muito boa em outras tentativas de conseguir crédito, mas essa foi bem tranquila. Todo o processo durou entre 10 e 15 dias até a liberação do dinheiro. Estamos com cerca de 40% do volume de vendas, mas esperamos que, com a vacinação em ritmo acelerado na cidade, as coisas na região voltem ao normal – salientou Josimar.

Foco no e-commerce

Quando teve a ideia de montar um negócio próprio, a estilista Vanessa Marcelino, de 35 anos, já pensava em investir no comércio online de roupas femininas e acessórios. Mas teve receio de que uma marca nova – a Una Trend – não ficasse conhecida. A opção pelo investimento no ponto físico foi a alternativa encontrada e, atualmente, a confecção funciona em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Com o fechamento do comércio, em 2020, em virtude das medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus, o antigo plano foi colocado em prática: os produtos começaram a ser divulgados nas redes sociais e contato com clientes foi feito por meio de aplicativos.

- Quando teve início a retomada, estávamos sem dinheiro para investimento, principalmente para seguir com a venda online e estoque – lembrou Vanessa, que emendou explicando de que forma o crédito de cerca de R$ 28 mil do SuperaRJ será usado:

- Já começamos a nos organizar na nova sala, que servirá de ponto de apoio para a loja, com parte do estoque, e local para fotos para o ambiente virtual. Em breve, até início de agosto, o site estará no ar. Estamos bem otimistas e com boas expectativas para a época de fim de ano. Não vamos fechar a loja física que, inclusive, está com processo seletivo aberto para contratação de dois funcionários – disse ela.

Localizada no mesmo prédio, a nova sala foi alugada há pouco tempo e começa a tomar forma de escritório. Para ano que vem, mais planos: a aposta será no atacado, segundo Vanessa, que desenha as próprias roupas da loja

- Um programa como esse é o caminho para a retomada da economia. Parado não dá para ficar. É investir em quem quer trabalhar. Faremos quatro anos com a loja em Copacabana e gostamos muito deste ponto por receber muitos turistas. Por isso, a ideia de investir no comércio virtual porque, quem conhecer a marca, poderá encontrá-la em qualquer parte do mundo – concluiu Vanessa.





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Agência Brasil

SuperaRJ

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