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Uma das milícias, alvo da operação de hoje em SG, faturava R$ 100 mil por mês

Operação Gerais realizou buscas e apreensões nos município de SG e Maricá

Por Mario Hugo Monken em 24/09/2018 às 14:48:06

Uma das três milícias que são alvos da Operação Gerais deflagrada nesta segunda-feira (24) pela Polícia Civil do Rio e Ministério Público Estadual tinha lucro de R$ 100 mil por mês, podendo chegar a R$ 1,2 milhão por ano com a cobrança de taxas de segurança e a exploração ilegal de serviços de gás e TV a cabo.

Esse bando age no município de São Gonçalo coagindo os moradores a adquirir serviços e produtos ilegais ou ilícitos em troca de vantagens financeiras. 

De acordo com os agentes, as investigações tiveram início em janeiro desse ano a partir de informações de inquéritos de homicídios na área de Neves. A apuração levou os policiais à identificação de Felipe Raoni da Silva, conhecido como “Mineirinho”, como autor dos crimes. 

Ainda segundo as investigações, Mineirinho integrava um grupo de milicianos com atuação em diversos bairros de São Gonçalo. Após a realização de diligências os policiais conseguiram confirmar que esse bando agia praticando extorsões e homicídios contra comerciantes e moradores da região.

Com base em interceptações telefônicas autorizadas pela justiça, o núcleo de inteligência da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo constatou que Mineirinho prestava serviço para dois grupos criminosos, já identificados. Segundo as investigações, as quadrilhas ingressavam no território a partir do assassinatos de traficantes de drogas ou assaltantes e assumiam o domínio do local alegando que iriam trazer paz e tranquilidade aos comerciantes e moradores.

Após assumirem o controle do território, o que chamavam de “ganho de chão”, os milicianos faziam o “aumento da folha" iniciando a cobrança de "taxa de segurança". Os valores eram cobrados de acordo com o tipo de negócio, podendo chegar até R$12 mil por estabelecimento. Em alguns casos, os milicianos expulsavam familiares de rivais tomando os imóveis para a organização criminosa. 

A milícia integrada por Mineirinho é liderado por Anderson Cabral Pereira, vulgo Sassa, e tem atuação nos bairros de Porto Velho, Porto Novo, Pontal e adjacências, em São Gonçalo.

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