O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estácio de Sá exibiu na noite deste sábado, 22/09, em sua quadra, o Documentário Estácio de Sá - O Pavilhão do Amor. O Documentário, produzido por Daniel Gonzaga e Julio Freire, apresenta a trajetória que uma escola de samba realiza desde a disputa para escolha do samba-enredo até a apuração no Sambódromo do Rio. As imagens capturadas por diversas mídias são do carnaval de 2017 e a narração é do compositor Daniel Gonzaga, músico e filho do cantor Gonzaguinha, que venceu à disputa do samba-enredo em homenagem ao seu pai.. Segundo Daniel Gonzaga, que faz parte da escola desde 2015, o documentário foi realizado com recursos próprios e levou dois anos para ser produzido. O objetivo desse trabalho é que as pessoas conheçam a Estácio de Sá, uma escola diferente, em que todos os seguimentos se apoiam e formam uma grande família.
Julio Freire, cineasta e produtor do filme, relata que a ideia do documentário surgiu de uma conversa em 2015 com o diretor Daniel Gonzaga sobre o passo a passo do carnaval. No ano seguinte, eles partiram para a realização do documentário, quando o samba-enredo de Daniel estava concorrendo. Segundo Julio, independentemente do resultado da disputa do samba na quadra, ele passou a vir alguns fins de semana de São Paulo, onde mora, para o Rio de Janeiro e realizou as filmagens com equipamentos simples como iphone e ipad. A escolha e a edição de imagens não foram fáceis, mas o resultado final de ver os integrantes se emocionando e se reconhecendo foi algo gratificante.
O Presidente da Escola de Samba Estácio de Sá, Leziário Nascimento, disse que a Escola de Samba se sente orgulhosa do documentário feito pelo Julio e pelo Daniel, pois ele é diferenciado, ao mostrar tudo como começa, desde o samba-enredo até o júri, e ninguém havia tido essa ideia antes. A Escola se sente honrada de ter os dois. Eles viraram Estacianos.
Os produtores pretendem ainda realizar mais edições no documentário e levar o produto final para ser exibido em festivais de cinema.
Estácio de Sá é reconhecida a 1ª Escola de Samba do Brasil
O G.R.E.S. Estácio de Sá, antiga G.R.E.S. Unidos de São Carlos, foi fundada em 27 de fevereiro de 1955, como resultado da fusão das escolas Cada Ano Sai Melhor, Paraíso das Morenas e a Recreio de São Carlos.
A Escola de Samba é considerada a herdeira da "Deixa Falar", a Primeira Escola de Samba, segundo o IPHAN, criada no dia 12 de agosto de 1928. A Deixa Falar teve como fundadores, Ismael Silva, Bide, Marçal, Baiaco, Brancura e Mano Edgar, que costumavam se reunir na subida do Morro de São Carlos, no Estácio. Como, nas proximidades, funcionava uma Escola Normal, que formava professores, Ismael Silva decidiu chamar seu grupo de Escola de Samba, já que formaria professores de samba.
A Deixa Falar durou pouco, desfilando na Praça Onze nos carnavais de 1929, 1930 e 1931, e não conseguiu participar do primeiro concurso das Escolas de Samba do Rio, organizado em 1932 pelo Jornal Mundo Sportivo.
O G.R.E.S. Estácio de Sá teve as cores azul e branca e foram mudadas para o vermelho e o branco, por serem as do América Futebol Clube e da Deixa Falar, considerada pelos sambistas a primeira escola de samba.
A Escola de Samba foi Campeã do carnaval de 1992 e comemorou, em 2005, o cinquentenário da fusão das três escolas.
Em 2019, a Estácio de Sá será a terceira escola a desfilar, defendendo o título da Série A e o 11º campeonato de sua história.