25 de julho é o Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha. A data é um símbolo de resistência das mulheres negras. Uma das moças que lutam diariamente por este empoderamento é a manicure e nail designer Karine Nascimento da Silva, 27 anos. Ela acredita que o racismo é uma realidade, mas suas estruturas têm sido abaladas pela voz da negritude, por uma sociedade mais consciente e com a ajuda das novas tecnologias.
“Ser mulher negra em 2021 é ser simplesmente mulher!", diz Karine. Ela, inclusive, diz ser uma das entusiastas desse "novo mundo", onde existe respeito, empatia e oportunidades. "Trabalho com a internet e, para mim, isso é ter liberdade. Há anos, mulheres negras só podiam trabalhar como domésticas, o que é uma profissão muito honrada. A questão é que hoje podemos decidir. E isso é ser livre, é poder estar com pessoas e em lugares diferentes, viver atendimentos inesquecíveis”, completa.
Karine: liberdade no trabalho. Foto: Divulgação
Karine é uma das profissionais de beleza que atendem pela startup MANU, que leva beleza e saúde onde a cliente estiver, com segurança. Ela, que há sete meses trabalha com o atendimento online, diz que, além de todos os benefícios de um trabalho agendado por um aplicativo, ainda tem a oportunidade de capacitação, crescimento profissional e, também, pessoal, o que a torna uma mulher empoderada.
Este também sempre foi o desejo de Altamar e sua sócia, a empresária Lindines Santos Pompeu. Desde que decidiram que investiriam num site que está no ar desde janeiro de 2021. O sucesso da empreitada é exatamente pelo empoderamento das mulheres, tanto as que recebem o tratamento quanto as que fazem o trabalho. “Estamos no início, mas não pensamos o Manu apenas uma plataforma, um local que oferece serviços. Nosso objetivo é dar às mulheres, tanto as que atendemos, como as que trabalham conosco, o valor que merecem através de uma experiência de cuidados, afeto e bem-estar", conta Altamar.
Quando o assunto é mercado de trabalho, as mulheres estão se posicionando bem. Prova disso são os dados das Estatísticas de Gênero divulgados, no início de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles apontam que a participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou pelo 5º ano seguido. As informações são de 2019 e mostram que, naquele ano, a taxa de participação feminina na força de trabalho era de 54,5%, enquanto a masculina era de 73,7%. Tudo isso mostra que o número de mulheres no mercado de trabalho, inclusive ocupando cargos de chefia, empreendendo ou investindo, já é maior do que alguns anos atrás. Afinal, promover a equidade de gêneros em todas as atividades sociais e econômicas são garantias para o efetivo fortalecimento e desenvolvimento do país.