Crescimento de novas variantes do coronavírus acende alerta da Fiocruz

A nova edição do Boletim Observatório Covid-19, da Fiocruz, indica que o crescimento de novas variantes do novo coronavírus, como a Delta, acende um alerta. Conforme o estudo, a pandemia ainda não acabou e novos cenários de transmissão e de risco podem surgir, devido à alta transmissibilidade da nova variante. Os pesquisadores ressaltam que é fundamental combinar vacinação com o uso de máscaras, incluindo campanhas de informação para a população e busca ativa de quem ainda não se vacinou.

Na avaliação dos pesquisadores, mesmo com números ainda preocupantes, a boa notícia do boletim é a queda de incidência de óbitos por covid-19. A taxa de mortalidade diminuiu 1,3% ao dia, enquanto a taxa de incidência de casos de covid-19 foi reduzida em 0,3% por dia.

No entanto, a taxa de letalidade está em torno de 2,8%, ainda considerado um patamar elevado em relação a países que adotam medidas de proteção coletiva, testagem em massa e cuidados intensivos para doentes graves. O número de casos diagnosticados também continua alto, o que indica, segundo o Boletim, que há intensa circulação do vírus.

Outra informação positiva do estudo é que as taxas de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva para covid-19 em adulto, no Sistema Único de Saúde, seguem melhorando. Conforme o boletim, 19 estados registram taxas de ocupação inferiores a 60% e, por isso, estão fora da zona de alerta.

Outros seis estados e o Distrito Federal estão na zona de alerta intermediário, que tem taxas de ocupação iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%. Somente um estado, Goiás, está na zona de alerta crítico com taxa superior a 80%.

O boletim ainda confirma a reversão no processo de rejuvenescimento da pandemia no Brasil. Novamente, as internações em leitos de UTI para adultos no SUS e, principalmente, o número de óbitos concentram um maior número de idosos.

Ouça no Podcast Eu, Rio! matéria da rádio Nacional sobre a evolução da covid-19 no Brasil.