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Polícia comemora ausência de feridos ou mortos na prisão de Macaquinho

Miliciano foi encontrado embaixo de uma cama, na casa de uma tia, para onde fugiu ao perceber a chegada das equipes policiais, e se entregou sem resistência

Por Portal Eu, Rio! em 12/08/2021 às 22:10:06

A cúpula da Polícia Civil usou a ausência de mortos e feridos na prisão de Macaquinho, um dos líderes da milícia da Zona Oeste, como resposta às limitações do Supremo. Foto Ascom PCERJ

A prisão de Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, foi comemorada pela cúpula da Polícia Civil por indicar o sucesso do cerco às milícias, desde a criação da Força-Tarefa especializada, em outubro do ano passado. Não somente por isso. Os diretores e delegados presentes à coletiva de balanço da operação destacaram a ausência de baixas, inclusive entre os criminosos.

Sem referência direta, a operação bem-sucedida desta quinta foi usada como argumento para rebater as críticas de movimentos de Direitos Humanos e lideranças de comunidades à política de confronto, que resultou por exemplo na chacina do Jacarezinho, a ação isolada com maior número de vítimas da História do Estado do Rio. De quebra, a cúpula da Polícia Civil usou o êxito da operação para defender o uso de helicópteros, um dos pontos questionados na determinação do Supremo Tribunal Federal limitando operações policiais em comunidades cariocas e fluminenses.

- A operação (da prisão de Macaquinho) teve como base os pilares da corporação: Inteligência, Investigação e Ação. Utilizamos o helicóptero, que foi fundamental na localização do miliciano, e não houve nenhum inocente ferido ou bandido neutralizado, comprovando que a ação da polícia depende da reação dos criminosos - disse o delegado Rodrigo Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Sepol.


Participaram da ação agentes do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE); da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO); Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE); Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) e Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).

Edmilson Menezes, o 'Macaquinho', foi localizado em Campinho, Zona Norte da capital. Durante a ação, os agentes apreenderam dois fuzis. Segundo as investigações, "Macaquinho" era o chefe da milícia que atua nas comunidades do Barão, Divino, Chacrinha, Fubá, Jordão e Campinho. Essa foi a terceira tentativa de captura do criminoso.

- As equipes chegaram ao local e quando percebeu que seria preso, ele fugiu e se escondeu na casa de uma tia, onde foi preso embaixo da cama. O criminoso se entregou sem resistência. A prisão de "Macaquinho" é uma demonstração de que o trabalho da Polícia Civil será permanente para combater as diferentes organizações criminosas de milicianos - declarou o delegado Felipe Curi, diretor do DGPE.


Edmilson foi a segunda grande liderança que sai de circulação este ano no Rio de Janeiro. Desde a criação da Força-Tarefa, em 14 de outubro de 2020, a Polícia Civil realizou 105 operações, prendeu mais de 750 milicianos, e 25 criminosos morreram ao atacarem a tiros os agentes durante operações policiais. Entre os mortos está Wellington da Silva Braga, o “Ecko", chefe da maior milícia do território fluminense. Na operação desta quinta (12), a Força-Tarefa também prendeu "Playboy do Campinho", apontado como segurança de “Macaquinho”, e Leonardo Luccas Pereira, o “Leleu”, chefes do grupo criminoso; além da prisão do irmão de Edmilson.

As ações também já resultaram em fechamento de dezenas de comércios clandestinos que exploram sinal de internet e TV a cabo, interdição de depósitos ilegais de gás e estabelecimentos que comercializam produtos piratas, entre outros, gerando prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões aos criminosos.

Fonte: Polícia Civil e Portal dos Procurados

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