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Esclerose Múltipla: 35 mil brasileiros convivem com a doença autoimune

Patologia afeta sistema nervoso central e medula espinhal por falha do sistema imunológico

Por Portal Eu, Rio! em 04/09/2021 às 10:28:41

A atriz e humorista Cláudia Rodrigues convive com a Esclerose Múltipla. Foto: Reprodução Instagram

“Descobri a doença há dez anos e, para mim, admitir que tenho Esclerose Múltipla e preciso de tratamento não foi fácil. Os primeiros sinais foram problemas na visão, mas também já tive formigamento e fraqueza. Ao longo dos anos passei por alguns picos e, em paralelo, quando enfrentava alguma questão pessoal mais difícil. Hoje, com o tratamento, a doença está controlada e posso ter uma rotina normal”, relata a advogada Samantha Costa, de 31 anos, que trata de Esclerose Múltipla uma vez por mês no Centro de Infusões do Vera Cruz Hospital. A doença, autoimune, afeta o sistema nervoso central e a medula espinhal por uma falha do sistema imunológico, confundindo células saudáveis com invasoras e provocando danos ao corroer a bainha de mielina, camada protetora que envolve os nervos.

No Brasil, estima-se que cerca de 35 mil pessoas convivam com a enfermidade, incidência aproximada de 17 casos a cada 100 mil habitantes. Uma delas é a atriz e humorista Cláudia Rodrigues. Segundo Leonardo de Deus Silva, coordenador da especialidade de Neurologia e Neurocirurgia do Vera Cruz Hospital, mulheres entre 20 e 40 anos são as principais vítimas, em uma proporção de três mulheres para cada homem diagnosticado. A unidade foi criada especialmente para pacientes que precisam de serviço especializado em Terapia Infusional.

“O espaço foi pensado para que os pacientes se sintam acolhidos durante a terapia. Nossa equipe é composta por médicos e enfermeiros treinados na infusão de medicamentos biológicos para proporcionar um atendimento diferenciado e de excelência voltado para total segurança dos nossos pacientes”, detalha Silva.


Neurologista Leonardo de Deus Silva diz que mulheres entre 20 e 40 anos são as principais vítimas. Foto: Divulgação

É importante obter o diagnóstico precoce para tratamento adequado da enfermidade. Uma estrutura diferenciada com instalações modernas promove um tratamento mais completo contra a doença. Samantha, por exemplo, conta com medicações intravenosas, subcutâneas ou intramusculares com todo conforto e segurança.

“Não há fatores de risco para a doença, mas sabe-se que ela é mais prevalente em pessoas com histórico familiar. Nestes casos, para que ela se desenvolva, situações como vacinação, infecção, estresse físico ou ambiental podem ser gatilhos para quem tem predisposição genética”, esclarece Silva.

O especialista ainda explica que os sintomas dependem do local da inflamação. “As pessoas acometidas pela doença podem ter distúrbios visuais, desequilíbrio, formigamento e dormência de um lado do corpo, e também alterações motoras, como fraqueza muscular”, exemplifica.

O diagnóstico da Esclerose Múltipla é feito por meio de uma somatória de testes nos pacientes. “Fazemos uma análise clínica com sintomas e sinais que correspondem a uma alteração, que pode ser atribuída à mielina, analisamos as imagens de ressonância magnética e outros exames laboratoriais, como o líquor, que detecta uma alteração inflamatória, e o exame de potencial evocado”, detalha.

Além da reabilitação funcional, incluindo fisioterapia e fonoaudiologia, o tratamento inclui o uso de medicamentos que suprimem o sistema imunológico, auxiliam no enfrentamento aos sintomas e retardam a progressão da doença. A imunoterapia, também conhecida como terapia com imunobiológicos, é um tratamento medicamentoso que ajuda a combater e suprimir as células inflamatórias do próprio sistema de defesa. Este tipo de terapia estimula o organismo a identificar e atacar as células disfuncionais por meio de medicações que modificam a resposta imunológica.


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