A votação da taxação de 11% para servidores inativos do município do Rio está deixando os nervos exaltados. Policiais e manifestantes já estão se enfrentando e há indícios de truculência policial. Segundo apuração da equipe do portal Eu, Rio!, a maioria dos manifestantes são servidores da saúde e educação. Um professor de História, ainda não identificado, teria sido levado pelos policiais e uma manifestante teria sido atingida por uma bala de borracha disparada. Os manifestantes chegaram a fechar a rua Evaristo da Veiga e em represália policiais jogaram spray de pimenta e bombas de efeito moral, além de tentarem prender dois servidores.
O PL Complementar 59/2018, vinda do Executivo, institui a cobrança de uma alíquota previdenciária de 11% sobre os vencimentos de aposentados e pensionistas que ganham acima de R$ 5.645,80 (teto do INSS).
A taxação irá incidir apenas sobre o excedente do teto. Portanto, se a pessoa ganha R$ 8 mil, por exemplo, a cobrança será feita apenas sobre a diferença de R$ 2.354,20. A previsão é de uma arrecadação anual de R$ 85 milhões, a partir do próximo ano. Cerca de 10.400 inativos e pensionistas deverão ser atingidos.
Uma das manifestantes ressalta que a cobrança é injusta. " Estamos na luta porque é um absurdo o que querem fazer com a gente. A pessoa contribui a vida inteira para no final ser descontada. Estamos aqui para não votarem essa vergonha", relatou sem se identificar.
Na semana passada o projeto foi aprovado em primeira discussão. Sendo aprovado novamente, o texto seguirá para a sanção ou veto do prefeito Marcelo Crivella.
Em apuração.