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Audiência pública discute abastecimento de água em Mesquita

Município recebeu R$ 75 milhões este ano, mas sofre com problema de abastecimento de água em diversos bairros

Por Anderson Madeira em 06/12/2021 às 17:24:28

Foto: Divulgação

Após o leilão de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), vários municípios receberam quantias vultosas por serem cidades atendidas pela antiga estatal. Mas agora concessionárias privadas farão este fornecimento. Mesquita, na Baixada Fluminense, recebeu este ano R$ 75 milhões. Porém, o município sofre com problema de abastecimento de água em diversos bairros. Para discutir esses problemas, o Fórum Baixada de Acompanhamento das Obras de Águas e Esgotos vai promover, na próxima quinta-feira (9), às 17h30, audiência pública na Câmara Municipal de Mesquita, com a presença de diversas entidades. O tema será “Desafios: Águas e Esgotos na Baixada”.

Participam do evento o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região (Sintsama-RJ), Movimento Baía Viva e outras instituições. A audiência terá ainda a participação da vereadora Ana Cris Gêmeas (PSD).

“Está faltando água em Mesquita, além da ameaça do esgoto, que dobrará o valor das contas de água. A população mais pobre não vai aguentar mais esse crime”, afirma Humberto Lemos, presidente do Sintsama-RJ.

Para Cosme Sigolis, um dos organizadores do Fórum Baixada de Acompanhamento das Obras de Águas e Esgotos, a falta de água é um problema recorrente na região. “A Baixada Fluminense tem vários mananciais que poderiam ser utilizados para fazer um reservatório. Mas só usam o Guandu”, lamenta Cosme. “Na audiência, discutiremos o sucateamento dos serviços de água, saneamento e esgoto ao longo dos anos, ausência de um plano de trabalho com participação popular, ilicitude no processo de privatização, desrespeito com os trabalhadores da Cedae, detalhamento da outorga e a falta de transparência nas despesas previstas nos municípios, dejetos lançados nos rios, o papel do estado em relação ao controle social e a fiscalização pela Defensoria Pública do Estado, Polícia Militar, Civil, Federal, Ministério Público Estadual e o Federal”, cita Cosme.

A Campanha Água Boa para Todos e Todas participará apresentando um conjunto de propostas ao poder executivo sobre o uso das outorgas oriundas da concessão da CEDAE.

Devido à concessão da CEDAE, Mesquita recebeu somente em 2021 o valor de R$ 75 milhões. “É preciso que a sociedade civil se empodere da discussão e construa uma agenda propositiva com o governo. É necessário termos o orçamento participativo no município, onde a sociedade e o poder público possam convergir sobre a melhor forma de investir esses recursos”, defende Humberto Lemos.

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