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Órgãos ambientais não veem óleo vazado em rio que deságua na Baía da Guanabara

Denunciado pelo "Portal Eu, Rio!" em 8/12, vazamento tinha sido reportado por ambientalista e pescadores, e também não fora identificado pelo Inea e a Secretaria do Ambiente

Por Anderson Madeira em 16/12/2021 às 16:41:16

Vista aérea da mancha de óleo no Rio Iguaçu. Foto: Mário Moscatelli

O rio Iguaçu, que corta o município de Duque de Caxias e desagua na Baía da Guanabara, teve novo vazamento de óleo esta semana. Pescadores locais registraram o fato e o movimento Baía Viva apresentou denúncia à Secretaria de Estado de Ambiente e Sustentabilidade e ao Instituto Estadual do Ambiente. O biólogo Mário Moscatelli tirou fotos do incidente. É o segundo vazamento de óleo no rio este mês. O primeiro ocorreu no último dia 8.

“Na primeira vez, eu constatei óleo no local. O Inea está fazendo vista grossa. O vazamento está acontecendo na área de descarte da Refinaria de Duque de Caxias, a Reduc. A água do rio Iguaçu está podre e fedendo a gás. Não dá peixe. Toda vez que chove, vaza óleo para o rio. O problema é antigo”, reclama o pescador Gilsiney Lopes Gomes, presidente da Colônia de Pesca de Duque de Caxias.

O ambientalista Sérgio Ricardo, cofundador do Baía Viva, por meio de ofício, informou ao secretário estadual do Ambiente e Sustentabiidade, Thiago Pampolha, e o presidente do Inea, Philipe Campelo, sobre o vazamento, “desta vez fotografado pelo biólogo Moscatelli".

"A SEAS e INEA precisam agir, como previsto na Lei Federal nº 9605/1997”, intimou Ricardo.

Procurada, a Secretaria de Estado do Ambiente não se manifestou. Já o Inea divulgou a seguinte nota:

“O Inea informa que realizou hoje uma vistoria na região para investigar a denúncia de vazamento. As equipes tentaram contato telefônico com o denunciante, a fim de levantar maiores informações sobre o fato, principalmente sobre a localização exata em que as manchas foram avistadas, mas não obteve êxito. A equipe se deslocou então para a Refinaria de Duque Caxias - REDUC, dada a proximidade ao local da denúncia, tendo realizado percurso do rio Iguaçu da REDUC até a foz. O Inea percorreu o rio Iguaçu, assim como sua foz na Baía de Guanabara não identificando manchas de óleo na área”, diz o texto.

Segundo o movimento Baía Viva, as duas autoridades receberam um vídeo feito no local, com pedido de providências para apurar a origem do vazamento de óleo e avaliar o dano ambiental e os impactos ao território pesqueiro. Desde o ano passado, com base em denúncias feitas pela Colônia de Pesca de Duque de Caxias e o Baía Viva, o Ministério Público Federal de São João de Meriti apura as responsabilidades pelo despejo ilegal de uma substância química chamada pelos pescadores de ‘água vermelha’, que de vez em quando vaza na Baía da Guanabara.

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