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Haddad quer que campanha de Bolsonaro e empresários respondam por disparos de mensagens ilegais

Candidato do PT disse ainda que quer Ciro Gomes (PDT) na disputa do segundo turno

Por André Luiz Coutinho em 18/10/2018 às 18:00:22

O candidato à Presidência da República, Fernando Haddad, fala com a imprensa no hotel Matsubara, em São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O candidato à presidência Fernando Haddad (PT) declarou em coletiva de imprensa em São Paulo no começo da tarde desta quinta-feira (18) que tomará todas as medidas judiciais possíveis para que a campanha de seu adversário Jair Bolsonaro (PSL) e os empresários denunciados por comprar pacotes de disparo em massa contra o PT, considerado crime eleitoral, sejam devidamente punidos.

O ex-prefeito de São Paulo inclusive acenou para a possibilidade do candidato Ciro Gomes (PDT) voltar a disputa no lugar de Bolsonaro. "Eu acho que o 2º turno deveria se dar entre mim e o Ciro. Isso seria o correto e o que a legislação prevê, porque ele tentou fraudar a eleição. Felizmente não acabou no primeiro turno, senão teria ido tudo pra debaixo do tapete", disse Haddad.

No Twitter, o assunto era um dos mais comentados da rede social na tarde desta quinta-feira, tendo a hashtag #Caixa2doBolsonaro alcançado o topo dos trending topics com milhares de comentários sobre o escândalo.

Entenda o caso

De acordo com uma denúncia do jornal A Folha de São Paulo divulgada nesta quinta-feira, empresários compraram pacotes de disparo em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp que chegam a custar 12 mil reais, cometendo dessa forma crime eleitoral, já que é proibida qualquer doação de campanha por parte de empresas.

Dentre as participantes dessa compra estaria a Havan do empresário Luciano Hang, que no primeiro turno viu seu dono ser denunciado por coagir funcionários a votar no candidato do PSL a presidência, Jair Bolsonaro. A Folha ainda apurou que estaria programada uma grande operação de disparo de mensagens para a semana anterior do segundo turno das eleições, que acontece no próximo dia 28 de outubro.

Como funciona

As empresas, que apoiam a candidatura de Jair Bolsonaro, compram um serviço de disparo em massa que usa a base de dados de usuários que podem ser fornecidas pelo próprio candidato ou que podem ser vendidas por agências de estratégia digital, essa segunda opção configura mais uma irregularidade eleitoral. Já que o Tribunal Superior Eleitoral proíbe a compra de base de dados por parte de terceiros.

Através do Twitter, Bolsonaro se defendeu atacando o PT.


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