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Três médicos que participaram de audiência pública sobre vacinação infantil tiveram dados vazados na internet

Presidenta da CCJ da Câmara dos Deputados, Bia Kicis alegou que recebeu autorização do Ministério da Saúde para expor parte das informações sobre defensores da vacinação infantil

Por Portal Eu, Rio! em 06/01/2022 às 15:17:11

Isabella, Kfouri e Sáfadi participaram da audiência, na última segunda-feira (3). Foto: Walterson Rosa/Ministério da Saúde

Três médicos que participaram da audiência pública sobre a vacinação infantil realizada pelo Ministério da Saúde nesta semana tiveram dados como telefone celular, e-mail e CPF e declarações de conflito de interesses vazados na internet. Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações; Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria; e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, posicionaram-se a favor da inclusão de crianças de 5 a 11 anos no calendário de vacinação e tiveram os dados divulgados.

Em entrevista ao jornal "O Globo", a deputada Bia Kicis (PSL-DF), aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL) e contrária à vacinação infantil, admitiu que compartilhou documentos em um grupo de WhatsApp. "Compartilhei em um grupo de médicos. Quando me avisaram no Ministério da Saúde que alguém havia postado, pedi imediatamente que quem o fez removesse. Mas o Ministério me informou que os documentos iriam para o site. Por isso entendi que eram públicos”, explicou ao jornal.

Ao Poder360, Bia Kicis disse não estar envolvida no vazamento, mas confirmou ter enviado as informações para um grupo de WhatsApp. “Não vazei nenhum documento. Não foi vazamento. Os termos me foram passados sem qualquer restrição. O termo de compromisso é um documento público e fui informada que seria publicado no site do MS”, afirmou. Ela disse que “não publicou em nenhuma rede aberta e pública” e que “acha preocupante o aparente conflito de interesse” dos médicos.

A médica Isabella Ballalai disse ao Poder360 que acompanha o caso com “profunda preocupação”. “Em relação aos dados sobre conflito de interesse, esses documentos não só podem, como devem ser divulgados, mas pelo próprio Ministério da Saúde. Isso é uma questão de transparência e concordamos com isso. Porém, o vazamento dos meus dados pessoais nas redes sociais me preocupa profundamente e eu espero que o Ministério da Saúde tome alguma providência”, afirmou.

Fonte: Poder360

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