Os seis hospitais federais no Rio de Janeiro vão receber um reforço de mais de 1.700 profissionais de saúde. O anúncio da contratação foi feito pelo Ministério da Saúde. Com o reforço, será possível a abertura de 100 novos leitos de enfermaria e 35 de Unidade de Terapia Intensiva para todas as especialidades.
O déficit de profissionais das unidades federais na capital fluminense é um problema que se arrasta há anos e vem sendo minimizado com a contratação temporária de servidores. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) tem cobrado a realização de concursos públicos para substituir de forma definitiva os profissionais que atuam com contratos temporários.
Em março do ano passado, em meio à pandemia da Covid, foram encerrados os contratos temporários de mais de 1.400 profissionais de saúde, depois de terem sido prorrogados. No segundo semestre de 2021, o Ministério da Saúde abriu edital para preenchimento de mais de 4 mil vagas temporárias nos seis hospitais federais, INCA e nos Institutos Nacional de Cardiologia e Ortopedia, sediados na capital fluminense.
Em nota divulgada no site do Ministério, o ministro Marcelo Queiroga afirma que a rede de hospitais federais do Rio deve ser referência no atendimento à população da cidade e de todo o país. E que a estruturação das unidades é essencial para que possam dar a resposta certa para o SUS.
Defensora pública federal, Shelley Duarte Maia detalha como a escassez de pessoal inviabiliza que quase 500 leitos não possam ser utilizados por pacientes na rede existente na capital fluminense
"A falta de recursos humanos é hoje uma das principais causas de impedimentos de leitos nos hospitais federais do Rio de Janeiro. Os leitos impedidos não estão disponíveis para utilização pela população. Numa consulta hoje (27/1), ao Censo hospitalar público, nós constatamos que há 455 leitos impedidos por falta de recursos humanos", lamenta ela, que complementa.
"Existe uma decisão em vigor determinando a apresentação de cronograma para recomposição de recursos humanos no Hospital Federal de Bonsucesso, seja com a alocação de profissionais anteriormente lotados na unidade de saúde, seja com a contratação por meio de processo seletivo público".
Assista, no vídeo a seguir, à íntegra do que Shelley Duarte Maia disse à nossa reportagem.
Fonte: Rádio Nacional do Rio de Janeiro