Atualmente, o estado vive o menor índice de infecção de Covid-19 desde que a variante chegou na capital. De acordo com a última atualização do secretário municipal de Saúde, o índice de positividade para a variante Ômicron no estado do Rio de Janeiro está 8%. Ainda este ano, a taxa já esteve em 47%.
Consequentemente o número de internados na rede SUS também diminuiu. Foi de 950 para 180 pessoas internadas pela infecção.
Com as vacinação em dia e o número de positividade em queda, a população tem ficado mais flexível e deixado de seguir alguns cuidados, como por exemplo, manter a testagem em dia. No início de janeiro, o município do Rio chegou a realizar 107 mil testes por dia. Hoje, a testagem diária fica em cerca de 10 mil por dia. Os números mostram que a testes não são mais uma prioridade para os cariocas.
O Médico-diretor da Clínica Villela Pedras, Marcos Villela Pedras, alerta para os perigos de deixar a testagem em segundo plano.
"A maior vantagem da testagem é identificar as pessoas que são assintomáticas, que são carregadoras do vírus para outras pessoas. Os assintomáticos são grandes propagadores do vírus e a testagem consegue identificar esses pacientes", afirma o especialista.
Segundo publicação da plataforma Our World in Data, no ranking de testagem mundial, o Brasil está muito abaixo de países na Europa. Em janeiro, enquanto o Brasil fez menos de 0,01 testes oficiais a cada mil habitantes, o Reino Unido ficou acima de 22. A testagem é uma forma de combater o vírus, isso ajuda a justificar a alta disseminação da doença quando a variante chegou no país.
Para manter a testagem em dia, o especialista orienta que não existe um período pré-determinado de prazo entre os exames, o que se estimula é a não aglomeração, entretanto, caso isso não seja possível, a testagem pré ou até mesmo pós aglomeração, principalmente em datas comemorativas, é essencial. Assim como segue sendo importante o uso de máscaras e higiene das mãos.