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Após gerar comoção nas redes sociais, Pretinho ganha novo lar

O cãozinho foi adotado por uma família do Jardim Botânico

Por Jonas Feliciano em 31/10/2018 às 21:28:14

Pretinho agora será amado por um novo lar (Foto: Arquivo pessoal)

Depois da comoção gerada nas redes sociais, a história do “Pretinho” teve um final feliz. Agora, o cachorro que sofria abuso sexual nas mãos de moradores de rua ganhou um lar e a chance de deixar para trás os dias de maus tratos. No último domingo (28), o pet foi recebido pela nova família no Jardim Botânico, bairro da Zona Sul carioca, para receber muito amor e carinho da sua nova família.  

A médica Luiza Coutinho foi à responsável pela a adoção. Segundo Luiza, tudo começou no último sábado (27). Ela estava voltando do trabalho quando recebeu, por mensagem, a história do "Pretinho". Foi uma amiga quem lhe enviou a postagem divulgada numa rede social contando tudo o tinha acontecido com o animal.

Imediatamente, ela compartilhou em outros grupos na tentativa de ajudar a encontrar alguém que pudesse cuidar do cãozinho. Entretanto, não demorou muito para que se sensibilizasse ainda mais com o fato. Luiza conta que quando percebeu, já queria adotar o Pretinho.

"Eu já tinha dois cachorros, mas moro num apartamento. Contudo, não podia deixar isso ficar sem uma solução. Foi aí, que lembrei da minha mãe! Ela mora com meu irmão e há pouco tempo, eles perderam um cachorro de estimação. Como nossa família sempre gostou de animais, não hesitaram em concordar com ideia", contou a médica.

Depois da decisão, Luiza ligou entrou em contato com o Gabriel para conversar. No domingo pela manhã, ela e o marido foram até a Tijuca buscar o Pretinho.

"Quando chegamos para pegá-lo, foi paixão à primeira vista. O cachorro foi um amor, super dócil e carinhoso. Ele logo foi pulando em cima da gente. O Gabriel também foi muito atencioso. Fomos recebidos super bem e ganhamos  todos os presentes que haviam sido doados. E o melhor, o Pretinho se adaptou muito rápido e sem problemas. Na segunda-feira, já estávamos passeando na rua. Agora, ele dorme com a minha mãe e virou o xodó da casa. Sentimos que ele está muito feliz! E nós também estamos muito felizes. Foi uma ótima  decisão", comemorou.

A médica também disse que Pretinho foi vacinado por uma veterinária voluntária, que ajudou no seu resgate, e que o animal já tem data de castração confirmada.

Numa rede social, o professor Gabriel Miranda, 32, que resgatou e ficou responsável por Pretinho durante os últimos dias, agradeceu pela solidariedade e todas as doações recebidas. Segundo ele, foram 40 ligações e R$1.085 revertidos em produtos para o cão. No entanto, apesar da alegria, Gabriel também comentou sobre o apego e a despedida do amigo.

“Eu só tenho a agradecer! A todos que compartilharam os meus posts, no Facebook, Instagram, o link de sites, etc... Meu coração já está apertado de saudade, a cada lágrima que escorre saí junto um sorriso, pq sei que são lágrimas de felicidade, felicidade a qual, ele mesmo está tendo, e terá pelo resto de sua vida... E me enche o coração de amor, e fé, de que nós podemos trazer alegria com pequenos gestos. Que sim, nós temos salvação. Eu te amo "Pretinho", e esse amor é extensivo a todos vocês que viveram essa história! Nós temos muito o que aprender com os animais, depois de tudo o que ele passou, poderia odiar a humanidade, mas tudo o que ele fez, foi dar apenas mais uma chance de ser amado...”, escreveu o professor.

Entenda o caso

Na semana passada, o caso “Pretinho” teve uma grande repercussão num grupo de uma rede social chamado “Alerta Tijucano”. Nele, vários usuários relataram que o cachorro estava sendo violentado por quatro moradores de rua. Diante da situação, o professor Gabriel Miranda e mais dois vizinhos resgataram o animal no Largo da Segunda-Feira que fica localizado no bairro da Tijuca, na zona norte carioca.

De acordo com relatos, Pretinho era submetido a sessões de estupro. Três homens e uma mulher eram os responsáveis pelas atrocidades. Ainda segundo os moradores, essas pessoas vivem pela região e já haviam sido detidas pela polícia.

Vale destacar que a Lei Federal 9.605/98 condena quem pratica maus tratos, abusos, ferimentos ou mutilações contra os animais silvestres, domésticos, exóticos e nativos. Nestes casos, a pena pode ser de 03 meses até 01 ano de prisão. Se o animal for morto, ainda pode ser aumentada. 

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