O governador eleito Wilson Witzel vê o turismo como a principal vocação econômica do estado do Rio e por isso, quer estimular o setor, atraindo mais voos e trazendo novos tipos de turistas, além dos de lazer. Durante toda esta quarta-feira teve reuniões com empresários do setor e até do governo de Israel, para ampliar as relações internacionais do estado.
Logo de manhã, o futuro chefe do Poder Executivo fluminense reuniu-se em Brasília com representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) para discutir instrumentos de incentivo ao turismo, como a atração de novos voos para o estado.
“Nossa expectativa é, a partir de 1º de janeiro, ampliar o turismo de lazer e negócios. Temos uma capacidade hoteleira instalada suficiente para atender a um milhão de pessoas por mês. O turismo é o novo petróleo do Rio”, disse o futuro governador.
Durante a reunião, Witzel foi assessorado pelo deputado federal Otávio Leite (PSDB), que não se reelegeu no pleito de outubro, ficando apenas na suplência. Coordenador do grupo de turismo da equipe de transição do governador eleito, o tucano está cotado para assumir a Secretaria de Turismo.
Depois, o governador eleito se reuniu com o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley. Witzel afirmou que quer firmar acordos de cooperação com o país nas áreas de estratégia e inteligência em segurança pública, turismo, infraestrutura e logística, além de fazer um governo de relações internacionais, com trocas de conhecimento entre diversos países.
Fim do compadrio
Tendo sido eleito com apoio oficial de apenas o seu partido, Witzel – que depois ganhou o apoio extraoficial do PSL no segundo turno – quer se diferenciar do atual governador Luiz Fernando Pezão, por querer dar fim ao que chama de política de compadrio, em que prevalece o toma-lá-dá-cá, em troca de votos favoráveis aos projetos do governo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ele expressou isso em reunião no diretório nacional do PSC (Partido Social Cristão), em Brasília, também de manhã. Para ele, esse foi o compromisso firmado com os eleitores que votaram nele no pleito de outubro, que esperam uma mudança no jeito de se fazer política no estado.
"Não há mais espaço para a política de compadrio no Rio de Janeiro. Não há mais espaço para um governo que não tenha o olhar voltado para o povo", disse.
Participaram da reunião o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo Dias; o governador eleito do Amazonas, Wilson Lima; o vice-presidente nacional do PSC, o deputado federal Marcondes Gadelha (PB); o senador eleito Zequinha Marinho (PA) e outros parlamentares