O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvida que aparece cedo na vida. Para buscar tratamento para essa condição, a Duke University realiza um estudo clínico para tratar crianças com sangue de cordão autólogo e alogênico.
“Essa pequena paciente recebeu uma infusão de suas próprias células-tronco sanguíneas placentárias que estavam criopreservadas na época. Para observar os resultados, devemos aguardar os horários correspondentes: de acordo com o protocolo, as primeiras avaliações são realizadas aos 6 e 12 meses após a infusão e, em seguida, os controles evolutivos são continuados para determinar como a paciente está progredindo e se ela tem melhorias. As expectativas são altas e os pais já mostraram melhorias em sua comunicação e comportamento”, disse o Dr. Claudio Dufour, diretor médico da BioCells Argentina, que acompanha de perto o caso.
“Há alguns anos, as pessoas não sabiam sobre esse procedimento ou sobre os usos terapêuticos desse tipo de célula. Também não se sabia muito sobre o processo de doação. Por outro lado, houve alguma controvérsia sobre sua origem, principalmente por causa das chamadas “células-tronco embrionárias”, que, como o nome indica, são aquelas que vêm de embriões e que estão sob regulamentação especial para questões bioéticas, bem como suas células derivadas, chamadas IPS, que poderiam gerar complicações se seu uso não implicar rigor científico rigoroso em seus ensaios”, disse Dufour em diálogo com a Infobae.
De acordo com as publicações de Duke, o tratamento com células-tronco do cordão umbilical pode levar a melhorias na comunicação e no comportamento dessas crianças, razão pela qual se espera que o protocolo de ensaios clínicos de Duke obtenha a aprovação do FDA e seja considerado uma opção terapêutica aprovada para uso clínico.
“Se os princípios deste protocolo puderem ser demonstrados, isso significaria que a terapia com células derivadas do sangue do cordão umbilical poderia ter um potencial para aliviar todos os sintomas do Transtorno do Espectro do Autismo modulando os processos inflamatórios que ocorrem no cérebro. dessas crianças, protegendo as funções cerebrais e reparando as células nervosas afetadas por esse distúrbio”, acrescentou Dufour.
A partir da gestão médica da BioCells Argentina, eles esperam que os protocolos passem para o estágio clínico em sua origem e que, demonstrando a capacidade técnico-científica da Argentina, essas opções de tratamento promissoras sejam realizadas em nosso país em um futuro próximo. Para tornar isso possível, acordos estão sendo feitos com diferentes laboratórios e órgãos públicos para dar estrutura a este importante projeto
Fonte: Centro de Criogenia Brasil