O ex-volante colombiano Freddy Rincón, 55, teve a morte confirmada já na madrugada desta quinta-feira (14) - pelo horário de Brasília - em consequência de grave acidente de trânsito ocorrido na última segunda-feira. Rincón viajava dentro de um veículo de passeio, na companhia de duas pessoas e foi atingido por um ônibus em um cruzamento, na cidade de Cáli. Segundo o motorista José Eduardo Muñoz disse a uma estação de rádio local, o sinal estava verde para ele, que deu entrevista mesmo hospitalizado. A informação foi corroborada pelo prefeito da cidade, Jorge Iván Ospina. Rincón tinha sido internado com traumatismo craniano. De acordo com informações da imprensa local, as demais ocupantes do veículo nada sofreram.
Também em Cáli, a Clínica Imbanaco, onde o ex-atleta passou quase três dias internado, divulgou um comunicado oficial no Twitter informando a morte de Rincón à 1h34 (11h34, de Bogotá). "Jamais será possível expressar o real significado disso para nós, convidamos todo o país a se lembrar dele com alegria por tudo o que nos presenteou com seus êxitos esportivos", afirmou a direção do hospital, na nota.
A Federação Colombiana de Futebol (FCF) e diferentes clubes onde ele atuou também fizeram postagens à memória do ex-jogador em seus perfis. A conta da FCF no Twitter, junto com a publicação, incluiu link para nota oficial disponível no site da entidade, na qual lamentou a morte de Rincón, enquanto o América de Cáli citou que "o futebol está de luto", chamando-o de "lenda do futebol colombiano" e pelo apelido de "Colosso".
E o Corinthians, pelo qual levantou quatro troféus em duas passagens (1997-2000, 2004), salientou que ele foi o "capitão do primeiro título mundial" do clube do Parque São Jorge. "Eternamente em nossos corações", finalizou, parafraseando verso do hino corintiano. O Santos pontuou que Rincón "jamais será esquecido pela nação santista".
Vitorioso por onde passou, Rincón teve destaque como um dos líderes do Corinthians campeão paulista (1999), bicampeão brasileiro (1998, 1999) e campeão mundial (2000). Recebeu a Bola de Prata (1999), oferecida anualmente pela revista "Placar", desde 1970, ao final de cada edição do Campeonato Brasileiro. No Brasil, antes de se aposentar pelo Corinthians em 2004, também atuou por Palmeiras, onde foi campeão paulista (1994), Santos e Cruzeiro. No exterior, vestiu as camisas de Napoli e Real Madri, e em seu país-natal passou por quatro clubes, da profissionalização no Atlético Buenaventura ao América de Cáli.
Único gol anotado por ele nas três Copas que disputou, o feito está imortalizado também nas páginas de livro "Futebol ao sol e à sombra", do escritor uruguaio Eduardo Galeano. Em 2022, a Colômbia não conseguiu se classificar para o Mundial do Catar.
Assista, no vídeo abaixo, ao gol de empate marcado por Rincón nos acréscimos da partida.