Witzel promove polícias Civil e Militar a secretarias e anuncia titulares

As polícias Civil e Militar serão transformadas em secretarias no futuro Governo Wilson Witzel, a partir de janeiro de 2019. A informação foi dada esta terça-feira pelo governador eleito, quando ele anunciou os titulares para as duas polícias, além da futura Secretaria de Governança, antiga pasta da Casa Civil. A pasta do Trabalho e Renda passará a se chamar Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego e Renda.

O secretário da Polícia Civil será o delegado Marcus Vinícius Braga, de 47 anos, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE). ). Ingressou na Polícia Civil como inspetor em 2002 e é delegado no Rio de Janeiro desde 2003. Já teve passagens por delegacias distritais e especializadas, como a Coordenadoria de Operações Especiais (CORE) e as delegacias de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), de Combate às Drogas e de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA).

O secretário da Polícia Militar será o coronel Rogério Figueiredo de Lacerda. Tem 48 anos e atualmente ocupa o cargo de coordenador das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Ele tem especializações em Comunicação Social, Educação Física, além de MBA em Gestão de Segurança Pública. 

O secretário de Governança será José Luiz Cardoso Zamith, coordenador-geral da equipe de transição. Tem 46 anos, é consultor de empresas, mestre em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mestre em gestão pelo TRIUM Global EMBA - curso oferecido pela New York University, HEC e London School of Economics. Foi da Marinha de 1990 a 2007 e é capitão de Corveta e fuzileiro naval da Reserva. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego e Renda será o advogado tributarista Lucas Tristão, de 31 anos. Especialista em recuperação de empresas e administração de passivo fiscal. Se formou na Universidade de Vila Velha, onde foi aluno do então professor Wilson Witzel, e atuou como advogado em toda a Região Sudeste.

O titular da pasta da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros continuará sendo o coronel Roberto Robadey Jr, de 49 anos. É bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e tem pós-graduação em Defesa Civil e especialização em Combate a Incêndio Florestal. Durante sua trajetória profissional, ajudou a implantar e coordenar Defesas Civis Municipais em cidades como Cordeiro, Cantagalo e Macuco. 

O titular da Controladoria-Geral do Estado será o delegado da Polícia Federal Bernardo Cunha Barbos, de 45 anos. Atuou na investigação de desvios de recursos públicos no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais. Tem graduação em Ciências Navais, pela Escola Naval, e em Direito, pela UERJ. É especialista em Criminologia pelo Instituto Superior do Ministério Público-RJ e atualmente cursa pós-graduação em Direito Tributário na Fundação Getúlio Vargas. É professor da Escola Nacional de Delegados da Polícia Federal.

O advogado Marcelo Lopes da Silva, de 50 anos, foi anunciado como procurador-geral do Estado. Ele já integra os quadros do órgão desde 1998 e já foi promotor de Justiça.

Segundo Witzel, a Secretaria de Governança vai assistir o governador na coordenação institucional e administrativa, nos atos de gestão do Poder Executivo e nas relações com a sociedade, agremiações políticas e demais poderes, além de planejamento, gestão e inovação institucional do futuro governo. O titular da pasta fará ainda a gestão de alto desempenho dos planos, programas e projetos de governo, integrados e orientados para resultados para o cidadão, com inovação, transparência e inclusão, além da valorização dos servidores.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego e Renda deverá promover a busca de políticas públicas voltadas à geração de emprego e renda por meio dos seguintes eixos: empreendedorismo; qualificação e requalificação, incluindo o primeiro emprego, além do desenvolvimento econômico sustentável e na melhoria dos ambientes de negócios, no fortalecimento das cadeias produtivas, nas parcerias com investidores e na redução da burocracia estatal.

As operações Lei Seca e Rio Presente passarão para a gestão da Secretaria de Polícia Militar. Já a operação Barreira Fiscal ficará a cargo da Secretaria de Fazenda, cujo secretário ainda será anunciado. E Procon e Detran ficarão dentro da estrutura da futura Secretaria de Governança.

Após anunciar os novos secretários, Witzel reuniu-se com José Magela, CEO da Prumo Logística, e Felipe Mello, gerente de Relações Institucionais da empresa. Um dos maiores grupos brasileiros de infraestrutura, a Prumo é responsável por desenvolver e administrar o Porto do Açu, localizado no município de São João da Barra, no Norte Fluminense. A reunião foi no gabinete de transição, na Firjan. 

Durante o encontro, Witzel conversou com os executivos sobre projetos de infraestrutura para a região, e ações para a geração de emprego. Os empreendimentos instalados no Porto do Açu geram hoje cerca de 4 mil empregos diretos. Com o plano de expansão da Prumo, já em andamento, serão gerados, segundo Magela, pelo menos mais 3 mil empregos diretos e cerca de 12 mil indiretos. Até 2022, a empresa te um plano de investimentos de R$ 7 bilhões na construção de duas usinas termelétricas e um terminal de regaseificação de gás natural (GNL).  

O governador eleito recebeu o cônsul geral dos Estados Unidos no Rio, Scott Hamilton. Eles conversaram sobre o futuro do estado. Witzel disse que pretende abrir o Rio para investimentos, inclusive para o capital estrangeiro, criando mais empregos e ajudando na recuperação do estado.  Depois, o futuro chefe do Executivo esteve no Centro Integrado de Comando e Controle para uma reunião sobre a segurança do estado, como parte da transição na área de segurança pública. Estiveram presentes o atual secretário de Segurança, General Richard Nunes, o chefe de Relações Institucionais do Comando Militar do Leste, General Sérgio José Pereira, e o subsecretário de Comando e Controle, Rodrigo Alves, entre outros oficiais de segurança, além da equipe de transição de Witzel.  No encontro foi apresentado um diagnóstico da segurança do Rio de Janeiro, incluindo a Intervenção Federal.