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Argentina informa que não tem meios para recuperar submarino naufragado

A caçada ao submarino envolveu 28 navios e nove aviões de 11 nações.

Por Kaio Serra em 19/11/2018 às 15:17:27

ARA San Juan desapareceu em 15 de novembro do ano passado na costa argentina. Foto: Marinha da Argentina

O Ministro da Defesa da Argentina declarou, no último sábado, que não há condições de resgatar o submarino ARA San Juan do fundo do mar. "Não, nós não temos meios para descer àquela profundidade do mar", disse ele, acrescentando que as autoridades "não têm o equipamento para tirar o submarino de tal profundidade".

A ARA San Juan desapareceu em 15 de novembro do ano passado na costa argentina, a meio caminho de sua viagem de Ushuaia, no sul do país, para Mar del Plata.

De acordo com a Armada Argentina, o capitão da embarcação havia informado um curto-circuito no sistema de baterias da embarcação pouco antes do último contato conhecido. O curto-circuito foi causado pela entrada de água do mar no "snorkel" da embarcação, um tubo que chega à superfície para refrescar o ar da embarcação e recarregar as baterias, disse o capitão em uma chamada ao seu comandante em terra.

Dias depois, descobriu-se que um som consistente com uma explosão havia sido detectado no oceano perto da última localização conhecida do submarino pelos Estados Unidos e um monitor internacional de armas nucleares.

A caçada ao submarino - que no seu auge envolveu 28 navios e nove aviões de 11 nações, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e Brasil - concentrou-se em uma área a cerca de 900 quilômetros da costa argentina.

Parentes de membros da tripulação rezaram pelo seu retorno em Mar del Plata, mesmo com as esperanças de que o submarino a diesel fosse encontrado antes que o suprimento de ar acabasse.

A marinha argentina cancelou sua operação de resgate cerca de duas semanas após o desaparecimento do submarino, dizendo que "não havia chance de sobrevivência" para sua tripulação, mas os esforços de busca continuaram.

Entre os perdidos estava Eliana Maria Krawczyk, a primeira submarinista feminina da Argentina.

A OceanInfinity, uma empresa norte-americana especializada em busca e recuperação em águas profundas, começou a procurar a ARA San Juan em setembro, usando veículos submarinos autônomos operados por uma equipe a bordo de seu navio Seabed Constructor. O mesmo navio já estava envolvido na busca pelo voo 370 da Malaysia Airlines.

"Três oficiais da marinha argentina e quatro membros da família da tripulação da ARA San Juan foram convidados a bordo como observadores da missão de busca", disse a Ocean Infinity.

Oliver Plunkett, CEO da Ocean Infinity, disse em comunicado que espera que a descoberta do submarino leve a "perguntas sendo respondidas e lições aprendidas" que impediriam um incidente similar no futuro.

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