A Justiça aceitou pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que denunciou Gabriel Monteiro em abril deste ano. Com isso, o vereador do PL se torna réu do processo que responde por filmagem feita por ele mantendo relações sexuais com uma adolescente.
Ao receber a acusação, o juiz em exercício Marcelo Almeida de Moraes Marinho, do VII Juizado da Violência Doméstica, afirmou que estão "presentes [na denúncia] pressupostos legais autorizadores do exercício do direito de ação penal".
Apresentada no dia 8 de abril, a denúncia da Promotoria de Justiça descreve que o vereador, "de forma livre e consciente, filmou por meio de telefone celular cena de sexo explícito" com uma adolescente que, na época, tinha 15 anos.
Segundo trecho da denúncia oferecida à 28ª Vara Criminal da Capital, a vítima conheceu Gabriel numa academia do condomínio onde o vereador mora.
O MP narra que os dois trocaram mensagens e que, em determinado momento, Gabriel Monteiro convidou a adolescente para ir na mansão dele, num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Também de acordo com a promotoria, passados cinco meses desde o primeiro encontro, o parlamentar usou o próprio celular para filmar a adolescente enquanto eles tinham relações sexuais.
Ainda em abril, Gabriel Monteiro foi alvo de uma operação da Polícia Civil para investigar justamente o vazamento de vídeos íntimos com uma adolescente.
O vereador estava em casa e acompanhou a operação. Armas, discos rígidos e outros itens foram apreendidos pelos policiais da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes).
Em nota, a defesa de Gabriel Monteiro afirmou que, "conforme depoimento da suposta vítima, já divulgado pela imprensa, a mesma afirmou à época ao vereador possuir 18 anos de idade".
A defesa afirmou ainda que vai apresentar todas as provas, cumprindo o ritual de defesa do processo em curso.