Neste domingo (26), é lembrado o Dia Nacional do Diabetes, doença que ocorre devido ao aumento da glicemia (taxa de glicose) no sangue e causa uma série de malefícios à saúde.
Caracterizado pela diminuição ou até falta de insulina no organismo, o diabetes mellitus afeta 15,7 milhões de brasileiros, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), divulgado em 2021. E para informar sobre a condição, tratamentos e prevenção, a data, estabelecida pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde, é uma oportunidade de trazer à tona as complicações para quem convive com a doença .
Presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), Almar Bastos ressalta que muitas pessoas têm dúvidas se existe cura para a doença e isso varia de acordo com o tipo de diabetes. "O mais comum é o diabetes tipo 2 - o diabetes do adulto -, que se manifesta devido à diminuição de açúcar nas células. Esse tipo tem muita relação com sobrepeso e representa cerca de 90% dos pacientes”, destaca o especialista.
“Já o mellitus tipo 1 é o chamado diabetes da Infância. Normalmente mais grave, com frequência necessita de insulina em seu tratamento juntamente com hipoglicemiantes orais em conjunto com a prática de atividade física regular e alimentação balanceada, de modo a controlar a doença”, complementa Bastos.
Ainda segundo o dirigente da SBACV-RJ, existem algumas diferenças entre os tipos 1 e 2 do diabetes mellitus: por exemplo, a causa da doença, uma vez que o primeiro tem origem autoimune, ou seja, os anticorpos da própria pessoa são capazes de agredir as células produtoras de insulina. Na maioria dos casos, se manifesta na infância ou adolescência, enquanto o segundo sofre forte influência da obesidade e sedentarismo que também representam 90% dos casos por conta das alterações no estilo de vida.
“Além disso, a Covid-19, no caso dos pacientes pré-diabéticos ou diabéticos, leva à diminuição da imunidade, que se dá na maioria das vezes de maneira silenciosa. Esses indivíduos que geralmente possuem a glicemia entre 100-120 mg/dl, têm a imunidade afetada e no caso de infecções virais o risco de piora do quadro clínico é muito maior, se comparado a pessoas não diabéticas", alerta.
O médico-cirurgião também destaca que na maioria dos casos não há necessidade de tomar medicamento ou suplemento para evitar o pré-diabetes. No entanto, de acordo com as orientações dele, é fundamental praticar exercícios físicos de maneira regular, pelo menos três vezes por semana e manter dieta baseada na redução de alimentos industrializados, processados e açúcares refinados.
Além do controle dos níveis de açúcar no sangue, o especialista recomenda que os diabéticos fiquem atentos a alguns hábitos de sua rotina diária, como:
- Manter uma dieta equilibrada
- Praticar atividades físicas regularmente, por exemplo caminhadas ao ar livre
- Não fumar
- Não consumir bebida alcoólica
- Dormir bem
Para acessar o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), clique aqui.
DCampos Assessoria Integrada